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A capacidade de geração renovável global aumentou em 167 GW no ano de 2017. No fechamento de dezembro alcançou um total de 2,2 TW de capacidade instalada em todo o mundo. De acordo com dados divulgados pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), esse volume representa um crescimento anual de cerca de 8,3%, exatamente a média de sete anos seguidos.
A avaliação do diretor-geral da Irena, Adnan Z. Amin, é de que esses dados confirmam que a transição energética global continua avançando em ritmo acelerado, graças à rápida queda dos preços, às melhorias tecnológicas e a um ambiente político cada vez mais favorável. E que as fontes renováveis são encaradas como a solução para países que buscam apoiar o crescimento econômico e a criação de empregos, assim como para aqueles que buscam limitar as emissões de carbono, ampliar o acesso à energia, reduzir a poluição do ar e melhorar a segurança energética.
A energia solar fotovoltaica, continuou a Irena, cresceu 32% em 2017, seguida pela energia eólica, que cresceu 10%, que apresentaram reduções substanciais do custo nivelado da eletricidade (LCOE, na sigla em ingles). O índice para a energia solar foi de uma queda de 73% e a para a eólica onshore de quase 25%, entre 2010 e 2017. Ambas as tecnologias, ressaltou a Irena, estão dentro da faixa de custo da energia gerada por combustíveis fósseis.
Como o previsto, a China continuou a liderar as adições de capacidade global, instalando quase metade de toda a nova capacidade em 2017. Já a Índia respondeu por 10% de todas as novas adições, principalmente em energia solar e eólica. A Ásia respondeu por 64% dessa nova capacidade em 2017 ante 58% no ano anterior. Já na Europa houve acréscimo de 24 GW, seguida pela América do Norte com 16 GW. O Brasil se destacou em termos percentuais, ao colocar-se em um caminho de implantação acelerada de renováveis pelo 1 GW de geração solar, aumento de dez vezes em relação ao ano anterior.
Tecnologias
A quantidade de nova capacidade hídrica encomendada em 2017 foi a mais baixa observada na última década. O Brasil e a China continuaram a representar a maior parte dessa expansão (12,4 GW ou 60% de toda a nova capacidade). A capacidade hidrelétrica também aumentou em mais de 1 GW em Angola e na Índia.
Já a fonte eólica teve quase 70% da nova capacidade de energia instalada em cinco países, em ordem de capacidade: China (15 GW), EUA (6 GW), Alemanha (6 GW), Reino Unido (4 GW) e a Índia (4 GW). O Brasil e a França também instalaram mais de 1 GW.
Somente a China foi responsável por mais da metade de toda a nova capacidade solar instalada em 2017. A Ásia foi a responsável pela maior expansão da capacidade global, aumento de 72 GW, sendo que três países responderam pela maior parte desse crescimento, com 53 GW na China,  9,6 GW na Índia e 7 GW no Japão. Outros países que instalaram mais de 1 GW de energia solar em 2017 foram: Estados Unidos (8,2 GW), Turquia (2,6 GW), Alemanha (1,7 GW), Austrália (1,2 GW), Coreia do Sul (1,1 GW) e o Brasil (1 GW).
Em bioenergia não foi diferente, com a Ásia em primeiro lugar pelos 2,1 GW na China. Na Europa foram contabilizados projetos que somam 1 GW) e na América do Sul 500 MW. Em geotermia o aumento global somou 644 MW em 2017, com grandes expansões na Indonésia (306 MW) e na Turquia (243 MW) que ultrapassou o nível de 1 GW dessa fonte.