Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de março indicam aumento de 2% no consumo e na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações estão na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz a prévia de geração e consumo de energia, além da posição dos consumidores livres e especiais.
Em março, foram consumidos 64.949 MW médios no Sistema Interligado Nacional, montante 2% superior ao consumo no mesmo período do ano passado. A elevação no consumo tem influência direta das maiores temperaturas registradas em 2018. No Ambiente de Contratação Regulado, o consumo subiu 1,2%, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre. Sem esse efeito na análise, o aumento alcançaria 3% no período. O consumo no Ambiente de Contratação Livre apresentou elevação de 3,8%, número que leva em conta o impacto das novas cargas oriundas do ACR. Quando esse movimento é desconsiderado na análise, o consumo do ACL apresenta queda de 0,5%.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de metalurgia e produtos de metal, com aumento de 5,9% e manufaturados diversos, que cresceu 0,9%, registraram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise, enquanto os maiores índices de retração, no mesmo cenário, pertencem aos segmentos de saneamento, com recuo de 10,2%, bebidas, com queda de 4,8% e transportes, que caiu 4,6%.
Já a geração de energia, em março, alcançou 68.314 MW médios, incremento de 2% em relação ao mesmo período de 2017. A produção das usinas hidráulicas, que aumentou 3,5%, incluem as Pequenas Centrais Hidrelétricas. A das usinas eólicas subiu 9,3% enquanto a geração térmica caiu 10,1% no período.
O informativo também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia, em março, equivalente a 117% de suas garantias físicas, ou 53.281 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 97%.