ONS: elevação do reservatórios em abril deve ser menor que o esperado

A primeira revisão do Programa Mensal de Operação do mês de abril aponta uma redução mais expressiva das projeções de afluências no submercado sul em comparação com a versão original do documento do Operador Nacional do Sistema Elétrico, divulgado na semana passada. Apesar disso, a previsão é de Energia Natural Afluente ainda acima da média para o mês, está em 131% ante os 152% de sete dias atrás. Outra redução acentuada está verificada no Nordeste que passou de 53% da MLT para 45%. No maior submercado, o Sudeste/Centro-Oeste, há relativa estabilidade com variação negativa em 1 ponto porcentual, para 93%. No Norte está o único aumento ante o esperado anteriormente, de 95% para 100% da média.

A projeção de carga para o mês ficou estável em crescimento de 4,6% com 67,5 mil MW médios ao final de abril com leves variações entre as regiões quando comparada a previsão da semana passada e a divulgada nesta sexta-feira, 6 de abril.

Apesar desse cenário, o nível dos reservatórios ao final do mês devem replecionar uma velocidade menor do que a esperada semana passada. No SE/CO a expectativa e aumento desacelerou e deverá ficar 0,2 p.p. menos do que a estimada semana passada, agora é projetado um nível de 46% no fechamento de abril. No Sul é estimado volume de 76,5% ante uma projeção de 84,3%, no NE esta o menor nível de armazenamento com 40,6%,, queda de 1,7 p.p. e no Norte o volume poderá chegar a 68% ante a expectativa de 68,8% sete dias atrás.

Como consequência o custo marginal de operação médio aumentou para a semana operativa que se inicia no próximo sábado, 7 de abril. O valor está equacionado nos submercados SE/CO e Sul em R$ 84,59/MWh, reflexo dos patamares de carga pesada e média estabelecidos em R$ 86,87/MWh e a leve em R$ 80,59/MWh. No Nordeste os valores continuam mais elevados, na média de R$ 107,56/MWh em função das cargas pesada e média estabelecidas em R$ 107,97/MWh e R$ 106,83/MWh, respectivamente. E, da mesma forma, o Norte continua deslocado dos demais à média de R$ 49/MWh sendo R$ 76,94/MWh nos patamares pesado e médio, enquanto no leve continua zerado.

O volume de geração térmica para a próxima semana está 12,4% mais elevada. A programação é de 5.571 MW médios. O maior volume continua por inflexibilidade, com 2.766 MW médios, e ainda, 1.706 MW médios dentro da ordem de mérito, além de 1.100 MW médios por restrição elétrica.