A Agência de classificação de risco Moody’s afirmou na última segunda-feira, 9 de abril, o rating Ba3 da Eletrobras, incluindo a dívida sênior sem garantia da empresa e o rating corporativo (CFR). A empresa deverá quitar US$ 1,75 bilhão em notas globais até 2021. Paralelamente, a Agência também confirmou a avaliação de crédito básica da empresa (BCA) em b1. A perspectiva para todos os ratings permanece estável. Para a Moody’s as ações de rating refletem a mudança nas perspectivas sobre o Brasil, com a perpectiva do governo indo de negativo para estável, e a afirmação dos ratings de emissor e da dívida senior em Ba2. A posição dominante da Eletrobras no mercado brasileiro de eletricidade, juntamente com seu papel estratégico para o desenvolvimento econômico regional, dada a participação na maioria dos projetos de energia relevantes do país, dá suporte adicional aos ratings.

O BCA em b1 da empresa incorpora a melhora dos indicadores de crédito de maneira independente e o progresso contínuo de seu plano de reestruturação corporativa para aprimorar os controles internos, reduzir a alavancagem e melhorar os lucros. A avaliação também considera a percepção da Moody’s de melhor liquidez em 31 de dezembro de 2017, especificamente relacionada a uma posição de caixa mais robusta para atender os vencimentos de dívida de curto prazo. A perspectiva estável dos ratings da Eletrobras incorpora a visão da Agência de que os indicadores de crédito da empresa continuarão a melhorar progressivamente e permanecerão bem posicionados em sua categoria de rating nos próximos 18 meses.

Para a Fitch, a pressão de aumento nos ratings pode resultar em uma tendência de geração interna de caixa mais forte e da extensão do perfil de vencimento da dívida. Além disso, uma redução significativa das incertezas em torno dos passivos contingentes da empresa ou do plano de privatização do governo também pode levar a uma elevação dos ratings. Quantitativamente, os ratings poderiam ser melhorados se o índice de fluxo de caixa (CFO) antes da CCS se aproximar de 10% (3,2% em 31/12/2017), e o Índice de Cobertura de Juros permanecer acima de 1,5x (2,4x de 31/12/2017) de forma sustentável.