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A Neoenergia, empresa do Grupo Iberdrola,  vai investir seis bilhões de euros ou cerca de R$ 24 bilhões no Brasil até 2022. O anúncio foi feito pelo CEO do grupo, Ignacio Galan, em entrevista coletiva a jornalistas na última quinta-feira, 12 de abril, em Bilbao (Espanha). A Neoenergia, que controla as distribuidoras Celpe (PE), Coelba (BA), Cosern (RN) e Elektro (SP), está na geração convencional e renovável, além da transmissão de energia. No mundo, os investimentos da empresa no mesmo período devem ficar em 32 bilhões de euros. De acordo com Galan, os investimentos deverão ficar majoritariamente destinados à distribuição de energia, sendo seguidos pela geração e pela transmissão. O Brasil deberá ficar com 18% do total investido.

A empresa espanhola é o maior grupo privado de distribuição do país, com 13,6 milhões de unidades consumidoras. Com 3,1 GW de capacidade instalada, ela tem 2,6 GW em renováveis – incluindo UHEs – e 533 MW em gás, com a Termopernambuco. Na transmissão de energia, tem 13.870 quilômetros em linhas. No ano passado, a Elektro arrematou lotes no leilão de LTs, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em 2017, foram 466 milhões de euros em investimentos e uma contribuição fiscal direta de 2,1 bilhões de euros. O Brasil responde por cerca de 16% do Ebitda e  cerca  de 8% do lucro líquido da Iberdrola.

Cauteloso, Galan não confirmou um eventual interesse em ativos brasileiros passíveis de privatização ou venda, como as seis distribuidoras da Eletrobras e a Eletropaulo (SP), mas admite que a empresa pode estudar aquisições. O processo de privatização das concessionárias ainda patina, sem um edital publicado. “Sempre estamos abertos para esse tema, mas somos uma empresa de 120 anos, não um especulador financeiro”, avisa.

Galan: R$ 24 bilhões no Brasil até 2022

Sobre o Brasil, Galán lembrou que assim como o México, o país manteve o seu rating, classificando o fato como positivo. Citando a grave crise econômica que o país vem passando, ele lembrou que o Brasil já cumpriu e vem cumprindo os compromissos firmados. “Mesmo no momento de crise se respeitou o modelo”, observa. O resultado das eleições presidenciais nos dois países, que acontecem esse ano, não preocupam o presidente da Iberdrola. Ele dá como exemplo o Brexit, que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia e não afetou a atuação da empresa lá. Galan cita ainda a trajetória da Iberdrola no próprio país de origem, que passou por guerras civis, militares e a ditadura, para reafirmar o compromisso da empresa em oferecer os seus serviços.

A entrada de Moreira Franco no Ministério de Minas e Energia, foi considerada natural por ele, citando os ministros anteriores e os governos de espectro político diferente. “No Brasil temos compromisso de levar energia para 40 milhões de brasileiros”, avisa. Galan lembrou ainda quando a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, visitou parques eólicos na Espanha para se convencer que a fonte era viável.

*O repórter viajou a convite da Iberdrola