A Copel registrou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no ano de 2017 quando comparado a 2016, um incremento de 41,6%.O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 2,9 bilhões, aumento de 4,6% no período, margem de 20,5%, queda de 0,5 ponto porcentual. Já na base trimestral o resultado saiu do campo negativo dos últimos três meses de 2016 para ganhos de R$ 160,2 milhões, Ebitda de R$ 521,8 milhões e margem de 13,3%.
Em 2017, a receita operacional líquida da Copel registou crescimento de 7%, consequência do resultado de ativos e passivos financeiros setoriais, do aumento de 18,7% na receita de suprimento, em razão, sobretudo, do registro de R$ 275,1 milhões de receita na Copel Comercialização, e do aumento de 18,1% na receita de telecomunicações, em decorrência da ampliação da base de clientes. Essa linha do balanço foi parcialmente compensada pela queda de 10,5% na receita de fornecimento, reflexo da redução de 11,6% do mercado cativo da Copel-D, redução de 9% na receita de disponibilidade da rede elétrica, devido, principalmente, ao registro de R$ 809,6 milhões referente ao reconhecimento da indenização dos ativos relacionados à RBSE em 2016 e redução de 3,6% na receita de distribuição de gás canalizado, em decorrência da queda de 2,5% no consumo do período.
A estatal aponta que desconsiderando o efeito do reconhecimento da indenização dos ativos relacionados à RBSE em 2016 e seu ajuste em 2017 (de R$ 183 milhões no primeiro trimestre), a companhia teria finalizado 2017 com crescimento de 12,6% na receita operacional líquida.
Em 2017, os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 11,9 bilhões, aumento de 6,3%. Os motivos que mais impactaram esse resultado foram o aumento de 31,6% com compra de energia elétrica para revenda, ocasionado pelo maior déficit hidrológico e pelo PLD mais elevado, média de R$ 318,15/MWh em 2017 ante R$ 92,40/MWh em 2016, e pelo crescimento de 191,9% nos custos com matéria-prima e insumos para produção de energia, decorrente do despacho da UTE Araucária no último trimestre do ano.
Somente a Copel-D registrou Ebitda de R$ 573,1 milhões, valor cinco vezes maior que os R$ 116,6 milhões registrados em 2016. Esse resultado, explicou a empresa, reflete o crescimento de 3,4% no mercado fio da distribuidora, o reajuste médio de 5,85% aplicado às tarifas a partir de 24 de junho de 2017 e a redução de 2,6% na linha PMSO (Pessoal e administradores, planos previdenciário e assistencial, material, serviços de terceiros, provisões e reversões e outros) do balanço. No trimestre o Ebitda somou R$ 110,9 milhões no quatro trimestre, montante 13,4% superior.
A Copel-GT apresentou Ebitda de R$ 1,6 bilhão no ano passado, isso representa uma redução de 17,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a Copel, é resultado, principalmente, dos eventos extraordinários relacionados ao reconhecimento da remensuração da RBSE, que melhorou o resultado em R$ 809,7 milhões em 2016, ao registro de R$ 92,7 milhões relacionados a provisões para litígios, e ao registro de R$ 361,2 milhões em custos relacionados a compra de energia contra R$ 60,8 milhões em 2016. Se desconsiderados os efeitos extraordinários o Ebitda ajustado da Copel-GT ficou em R$ 1,6 bilhão, redução de 8,8% em comparação com o indicador de 2016.
Os investimentos da empresa recuaram 29,8% no ano passado quando comparados a 2016. foram aportados R$ 2,5 bilhões. A dívida líquida da estatal paranaense aumentou de R$ 7,4 bilhões para R$ 8,5 bilhões no fechamento de 2017.
Em 2018 a Copel pretende realizar investimentos de R$ 2,9 bilhões, sendo R$ 888,5 milhões destinados à conclusão da construção do Complexo Eólico Cutia, o qual sofreu alteração em seu cronograma de entrada em operação e consequente readequação do seu cronograma financeiro em 2017. No segmento de distribuição, estão planejados investimentos de R$ 790 milhões em execução de obras de melhoria, modernização, ampliação e reforço do sistema de distribuição de energia elétrica no Paraná. Empreendimentos de geração e transmissão vão receber R$ 743,6 milhões que serão alocados, basicamente, na conclusão das obras em curso.