Visando alcançar um novo recorde de tempo para recarga de combustível de uma usina nuclear, A INB – Indústrias Nucleares do Brasil, informou nesta sexta-feira, 13 de abril, a antecipação do início da produção da 24ª recarga nuclear da usina Angra 1. A empresa quer finalizar o processo de transporte dos elementos combustíveis até o início de julho, concluindo o trabalho em no máximo 110 dias.
Para alcançar o objetivo, a INB vem comandando testes de avaliação de desempenho da produção e tecendo ajustes finais. Estas iniciativas também estiverem presentes na última recarga da usina Angra 2, empreendida em apenas 126 dias e representando recorde em novembro do ano passado.
Para o coordenador de Desenvolvimento de Processos, Rodrigo Barbosa, os testes possibilitam corrigir problemas de operação e realizar possíveis melhorias. “Cada etapa do processo é avaliada a tempo de serem feitas correções e parte dos bons resultados que tivemos nas últimas duas recargas (23ª. de Angra 1 e 14ª. de Angra 2) se deve ao fato de termos feito essas avaliações antes de iniciá-las”, afirmou Rodrigo.
A recarga é processo de reabastecimento de uma usina nuclear por meio da substituição de elementos combustíveis usados por novos. Os elementos são estruturas metálicas, com até 5 metros de altura, formadas por um conjunto de tubos, chamados de varetas, que recebem as pastilhas de urânio enriquecido. Para ilustrar, é possível comparar figurativamente este processo à troca de pilhas usadas em uma lanterna. Além das recargas, a empresa atua em todo o chamado ciclo do combustível nuclear, que inclui a mineração, o beneficiamento, o enriquecimento e finalmente a fabricação de pastilhas e do combustível.