A carga de energia do Sistema Interligado Nacional verificada em março deste ano, de 70.414 MW med, apresenta aumento de 2% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. A preliminar do Boletim de Carga Mensal divulgado pelo Operador Nacional do Sistema mostra que na comparação com o mês anterior, houve aumento de 2,7%. No acumulado de 12 meses, o aumento na carga ficou em 0,6%. De acordo com o ONS, a carga é afetada diretamente pelo desempenho da economia, que vem mantendo uma trajetória de recuperação, ainda que modesta.
No subsistema Sudeste/ Centro-Oeste, a carga de 41.793 MW med representa uma variação de 3,1% na comparação com o mesmo mês de 2017. Na comparação com o fevereiro, a carga subiu 4,7%, enquanto que no acumulado do ano ela cresceu 0,4%. A melhora de indicadores da economia, associada a temperaturas normais para a época e maiores que as do ano passado explicam o bom desempenho da carga no mês.
Na região Nordeste, a única em que houve recuo no mês, a carga ficou em 10.899 MW med, retraindo 0,8% em relação com o verificado em março de 2017. Quando comparamos com fevereiro deste ano, houve aumento de 1,3% e no acumulado do ano a variação é de 0,2%. O comportamento da carga é explicado pela redução temporária do consumo de um consumidor industrial conectado na Rede Básica, que manteve seu consumo de energia zerado ao longo de praticamente todo o mês, e pela ocorrência de chuvas no litoral.
No Norte, a carga de 5.62 MW med mostrou aumento de 2,4%. Na comparação com fevereiro, ela tem o mesmo desempenho percentual, enquanto no acumulado, ela cresceu de 12 meses, ela subiu 1,9%. O resultado foi causado em parte, devido à variação da carga dos consumidores livres da Rede Básica, cuja participação na carga desse subsistema é de cerca de 30%. A carga dos consumidores industriais eletro intensivos mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de 2014.
No subsistema Sul, a carga aumentou 0,7%, chegando a 12.091 MW med. Houve um recuo de 2,2% na comparação com fevereiro e no acumulado de 12 meses, ela subiu 1,2%. Segundo o ONS, a estabilidade no Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho entre fevereiro e março interrompeu as altas, que vinham desde o ano passado. As condições atuais confirmam a tendência de recuperação moderada.