A Copel desligou 281 empregados nos 12 meses de 2017 e o programa de demissões voluntárias terminado em março colocou mais 600 posições para deixarem a empresa até dezembro. A empresa afirmou que essas vagas não serão repostas e sim eliminadas o que deverá gerar uma economia anual de cerca de R$ 150 milhões. A forma de compensar essa redução de quadro se dará por meio do aumento da produtividade com investimentos em tecnologia.

Essa é uma das medidas do plano de redução de custos da empresa com vistas ao incremento do resultado ebitda regulatório e está em linha com o planejamento da companhia estatal, afirmou o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da empresa, Adriano Moura, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do ano de 2017.

“As 600 pessoas deverão ser desligadas até dezembro e a redução de custos somadas às demissões de 2017 deverá ficar em R$ 150 milhões ao ano a depender da confirmação das pessoas à adesão ao programa”, apontou o executivo. “Não pretendemos renovar essas vagas que serão eliminadas”, acrescentou ele. Outro ponto sensível do programa de redução de custos está na negociação dos contratos de terceiros da Copel. A empresa afirmou já ter melhorado os valores em R$ 350 milhões. Ele não projetou em quanto deverá ficar este ano, mas afirmou ser uma meta agressiva.

Descontratação

A Copel afirmou que continua a atuar com uma estratégia mais conservadora em relação à comercialização de sua energia disponível, um dos motivos é o GSF ainda elevado e a perspectiva de continuidade desse cenário. Com isso, a posição da companhia para 2018 é de ficar com 22% do volume de garantia física disponível em aberto para mitigar os efeitos do déficit de geração hídrica.
Esse posicionamento deve-se também à perspectiva de preços do PLD mais elevados no segundo semestre deste ano o que poderá potencializar o ganho com a venda de energia a um preço mais elevado do que o negociado anteriormente, principalmente na UHE Colíder, que participou do MCSD Energia Nova e liberou garantia física com essa oportunidade.
“Com o MCSD voltamos para 71% de energia contratada e é uma condição boa para nós porque estamos projetando PLD médio de 2018 acima de R$ 200/MWh, na casa de R$ 220 a R$ 230/MWh. Essa energia que não está comercializada, além de cobrir a expectativa severa do GSF no segundo semestre permite a venda a valor bastante satisfatório”, apontou o diretor presidente da Copel GT, Sérgio Lamy.