A Weg reportou um lucro líquido de R$ 285 milhões no primeiro trimestre de 2018, um aumento de 10,6% quando comparado com o mesmo período de 2017. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 379,7 milhões, elevação de 14,7% ante o mesmo período do ano passado. A margem ebitda recuou em 0,6 ponto porcentual, para 15,5%.

A receita operacional líquida atingiu R$ 2,6 bilhões nos três primeiros meses do ano, com crescimento de 19,6% sobre 2017. Neste trimestre a receita foi positivamente impactada pela cotação do dólar norte-americano médio que passou de R$ 3,14 para R$ 3,24, com valorização de 3,2% sobre o Real. A composição da receita operacional líquida no trimestre teve sua maior parte originada no mercado externo com 56% do total e os 44% restantes no mercado interno.

O desempenho é atribuído pela empresa ao mesmo comportamento dos últimos trimestres: o crescimento em GTD liderou o crescimento consolidado. No Brasil, explicou a empresa essa expansão em GTD é explicada pelo início do reconhecimento da receita em projetos de energia solar mais significativos, enquanto que a aquisição da operação de transformadores nos Estados Unidos explica boa parte do crescimento mais acentuado no mercado externo.

Já em equipamentos eletroeletrônicos industriais foi possível observar a contribuição relevante da atividade do mercado externo para o crescimento, enquanto que a área de motores para uso doméstico mostrou bom desempenho no mercado local, reflexo da melhora do consumo no Brasil. O negócio de tintas e vernizes continuou se beneficiando da gradual recuperação da indústria local, seu principal mercado consumidor.

Especificamente os negócios em GTD tem participação representativa do negócio de geração eólica, com carteira de pedidos com projetos cuja execução deve se estender até o final de 2018, refletindo estabilidade para esse negócio ao longo do ano. O destaque nesse segmento, apontou a Weg, foi o negócio de geração solar, que ganhou relevância desde o último trimestre de 2017 com dois importantes projetos adicionados à carteira de pedidos. Para as outras fontes renováveis, notadamente hidráulica e térmica, houve melhora na entrada de pedidos. A empresa aponta ainda que há a expectativa de continuidade desta tendência para o ano, sinalizando estabilidade para os próximos meses.

Já no segmento de transmissão e distribuição o destaque é a atração de novos investidores por meio dos leilões de outubro de 2016 e de dezembro de 2017 e tiveram reflexo positivo quanto ao volume de pedidos de médio e longo prazo. Contudo, ressaltou, estes não terão impacto sobre as receitas em 2018, que continuará a refletir a venda de transformadores para as distribuidoras, além de transformadores e subestações tanto para o mercado industrial como para projetos de energia renováveis.

Negócios em energia continuam sendo o segundo maior na composição de receita da companhia, no primeiro trimestre somou 31,5%, aumento de 4,1 ponto porcentual quando comparado aos mesmos meses do ano passado. O mercado interno respondeu pela maior parte com 18,3% e o externo por 13,2%.

Em 31 de março as disponibilidades e aplicações financeiras totalizavam R$ 4,7 bilhões, e dívida financeira bruta totalizava R$ 4,2 bilhões, sendo 38% em operações de curto prazo e 62% em operações de longo prazo. O caixa líquido totalizava R$ 430,4 milhões.