A EDP divulgou na última terça-feira, 17 de abril, um compilado de informações dos segmentos de atuação da companhia dentro do mercado de energia elétrica, durante o primeiro trimestre deste ano. Quanto a distribuição de energia, o volume apresentou elevação de 3,6% e 0,4% nas EDPs São Paulo e Espírito Santo, respectivamente, totalizando crescimento de 2,3% na EDP Distribuição. Os destaques ficaram para o aumento de 3,1% da classe Industrial e de 2,1% da classe Comercial.

Segundo a EDP, entre os fatores que explicam os números positivos estão a recuperação da atividade econômica nos dois estados, o crescimento de 4,3% da produção industrial no país, a inflação em níveis baixos, a redução na taxa de juros e a melhoria na renda e na expectativa positiva em relação à recuperação do mercado de trabalho.

O crescimento no número de clientes livres foi de 18%, nos últimos 12 meses, sendo 61 clientes na EDP São Paulo e 54 clientes na EDP Espírito Santo, em função das migrações dos clientes cativos para o mercado livre, apesar da tendência de redução das migrações em decorrência da trajetória de aumento no valor do PLD.

Quanto ao consumo por classe em São Paulo, houve um acréscimo de 3,6%, com destaque para o aumento de 3,9% do consumo industrial e 3,4% no comercial. A expansão do número de clientes foi de 2,0%.

Já no Espírito Santo o crescimento foi mais modesto, de 0,4%, com destaque para o aumento do consumo na classe industrial, com 1,6% e para a expansão de 1,1% no número de clientes.

No segmento de geração, a empresa informou estar implementando medidas de proteção do portfólio a fim de minimizar os impactos do GSF e da oscilação do PLD desde o 2017, através da gestão de energia descontratada e de contratos de curta duração. O primeiro trimestre terminou com 16% de sua energia “hedgeada” para 2018.

O volume de energia distribuído hidrelétricas foi de 1.601 GWh, queda de 8,0% que reflete o menor volume de energia contratada de Enerpeixe, -80 MWh, Santa Fé, -32 MWh e Energest, com -28 MWh, dada estratégia de sazonalização adotada pela empresa para este ano.

Os números do primeiro trimestre ainda apresentaram energia secundária média de 112,6%, equivalente a 187 GWh ao PLD médio de R$ 196,0/MWh do Submercado SE/CO. Os ativos não consolidados apresentaram volume de energia vendida de 568 GWh, aumento de 50,1%, decorrente da entrada em operação das 3 primeiras turbinas de São Manoel, que somaram 192 MWh ao sistema.

Por sua vez, a disponibilidade média da usina térmica registrou 97,53%, superando o percentual estabelecido em contrato de 90,14% e confirmando a trajetória de melhora operacional. O volume atingiu 1.329 GWh, estável em relação ao ano anterior.

Com um aumento de 30,5%, o setor de comercialização totalizou 4.086 GWh de energia vendida, elevação influenciada, segundo a companhia, pela volatilidade dos preços de mercado que variaram entre R$ 80,00/MWh e R$ 303,0/MWh, pela alta liquidez do mercado que beneficiou operações de tomada de posição long e short e pela maior alocação de energia dos agentes para o ano, além de outros fatores econômicos.