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A distribuição de energia é mais uma área que começa a fazer uso dos drones. A Energisa, que atua em oito estados do Brasil, concluiu um projeto piloto para usar os veículos aéreos não tripulados nas inspeções das suas redes e linhas de distribuição. O uso das máquinas vai permitir a prevenção de problemas e faz parte de uma ação estratégica para manter a satisfação do cliente. Na Energisa Minas Gerais, a adoção dos drones aumentou de 3km/dia para 9km/dia a produtividade nas inspeções em trechos de difícil acesso. “Essas inspeções permitem que se tenham ações preditivas e se mantenha o fornecimento de energia ao cliente”, avisa Anderson Figueiredo, engenheiro da Energisa responsável pelo projeto.
Figueiredo conta que a ideia surgiu pelo fato das distribuidoras do grupo terem grande extensão territorial e especificidades próprias, como morros, florestas, vegetação densa e áreas pantaneiras. “Existem alguns lugares de difícil acesso para fazer a inspeção, levaria muito tempo”, explica ele. Com a inspeção por drones, a inspeção chega mais rápido a esses lugares e com mais qualidade. Segundo ele, o uso dos drones está baseado em três aumentos: o da produtividade, por permitir um número maior delas; da qualidade, já que ela envia fotos e vídeos em ângulos privilegiados e da segurança, já que não há a presença física, apenas do equipamento.
O projeto piloto foi desenvolvido primeiro na Energisa Minas Gerais. Ele foi baseado em um pequeno projeto que já era executado na Energisa Mato Grosso do Sul ainda quando a distribuidora pertencia à Rede Energia. Os drones cobrem apenas as zonas rurais, não sendo usado nas áreas urbanas por questão de segurança. Os equipamentos possuem sensores para evitar colisões com obstáculo, câmeras 4K, 60 frames por segundo e 2 megapixels, além de bateria com duração de 30 minutos. “Verificamos que esse era o melhor kit”, observa o engenheiro.
Outro aspecto que Figueiredo relata ter merecido destaque no projeto foi que a regulamentação do uso de drones – aplicada desde o ano passado pela Agência Nacional de Aviação Civil – levou a todos os colaboradores da Energisa envolvidos a terem que fazer treinamento para pilotar os drones. “Hoje todos inspetores que operam os drones no grupo tem um registro como se fosse piloto de aviação civil”, aponta.
Atualmente são mais de dez equipamentos usados nas distribuidoras do grupo e cada um tem custo de R$ 25.380,00. Os veículos aéreos não tripulados possuem um tablet de dez polegadas acoplado. No momento em que o drone está em ação, o inspetor acessa em tempo real as imagens transmitidas, executando as inspeções. Em caso de dúvida, as imagens são gravadas para que ela seja dirimida no escritório com o restante da equipe. Os ângulos diferenciados de observação fizeram com que anomalias que não eram percebidas em inspeções tradicionais começassem a ficar destacadas após o uso das máquinas.
O bom resultado da iniciativa deve fazer com que a Energisa continue a buscar a inovação. Segundo Figueiredo, uma interligação dos softwares do drone com os sistemas internos da Energisa pode ser o próximo passo. “A ideia é de seguir na linha de pouco investimento e grande resultados até o momento de fazer um ponto disruptivo na curva”, avisa.