A Celse divulgou nesta quinta-feira, 19 de abril, a assinatura de contratos que preveem aportes de aproximadamente R$ 5 bilhões para o projeto do Complexo Termoelétrico Porto de Sergipe I. Segundo a companhia, o empreendimento, localizado em Barra dos Coqueiros (SE), será o maior investimento privado já realizado no Estado, com os recursos sendo disponibilizados por bancos e organismos multilaterais ao longo deste ano e até 2019.
O financiamento será estruturado em aproximadamente R$ 3,4 bilhões por meio da emissão de debêntures simples não-conversíveis pela concessionária, com a cobertura da SERV (Swiss Export Risk Insurance), agência suíça de crédito à exportação, além da Goldman Sachs Brasil como coordenador líder da emissão.
Ademais, o projeto irá receber o equivalente em reais a US$ 200 milhões da IFC (International Finance Corporation), organismo do Grupo Banco Mundial voltado a investimentos no setor privado, e US$ 288 milhões do IDB Invest, braço do Inter-American Development Bank para investimentos no setor privado.
“Concluímos uma etapa fundamental de nosso projeto, ao mesmo tempo em que as obras avançam de forma importante. A resposta positiva dos financiadores indica que cumprimos os padrões de desempenho socioambientais da IFC, que são largamente adotados por organizações e bancos comerciais em projetos internacionais. Para nós, significa o reconhecimento do nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e com os interesses da comunidade local”, avaliou Eduardo Maranhão, presidente da Celse.
Cabe salientar que a concessão do aporte aconteceu depois de a empresa receber todas as licenças ambientais aplicáveis para a atual fase do projeto, sendo a última delas, da parte Offshore, concedida pelo Ibama em 29 de março.
Além da usina que processará gás natural em energia elétrica, o Complexo terá Linha de Transmissão, Instalações Offshore que contemplam a unidade de armazenamento e regaseificação do Gás, sistema de ancoragem, gasoduto para transporte até a usina e as adutoras de captação de água e descarte de efluentes.
A implantação do projeto teve início em agosto de 2016 e a previsão para conclusão das obras é para janeiro de 2020, quando a usina estará pronta para fornecer energia comercialmente.