Dados preliminares de medição compilados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica entre os dias 1º e 17 de abril indicam aumento de 3,2% no consumo e de 3,9% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam no último boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, divulgado na última quinta-feira, 19 de abril, e que, além de trazer dados prévios de geração e consumo de energia, avalia a posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A análise aponta que o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 62.006 MW médios em abril, índice 3,2% superior ao registrado no mesmo período em 2017 e impactado pelas temperaturas mais elevadas em 2018.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), houve elevação de 0,6% no consumo, número que considera as cargas que migraram para o mercado livre (ACL). Caso a migração fosse desconsiderada na análise, haveria incremento de 2,2% no consumo.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL atingiu 9,7%, levando em conta as cargas oriundas do ACR na avaliação. Sem esse movimento, o consumo seria 5,7% superior.
Quanto aos ramos da indústria, na avaliação da CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos, metalurgia e produtos de metal e alimentício registraram aumento no consumo, com 16,4%, 11,8% e 8,9%, respectivamente, mesmo sem o impacto da migração na análise. Por sua vez, as maiores retrações do período ficaram com os segmentos de serviços, saneamento e químico, com 3,1%, 0,9% e 0,8%, respectivamente.
Quanto a geração de energia, foi alcançada a marca de 65.562 MW médios, crescimento de 3,9% no montante de energia produzido pelas usinas do Sistema frente à geração em 2017. A geração das usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, subiu 11,5%, enquanto as produções eólica e térmica caíram no período, com 19,6% e 20%.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, equivalente a 101,8% de suas garantias físicas, ou 49.693 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 90,6%.