A Engie Brasil Energia apresentou lucro líquido de R$ 489,3 milhões no primeiro trimestre de 2018, um aumento de 8,6% na comparação com o mesmo período de 2017. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou pouco mais de R$ 1 bilhão, aumento de 18,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2017. Já a margem ebitda foi de 56% ao final dos três primeiros meses de 2018, crescimento de 0,9 ponto percentual em relação a 2017.
A receita operacional líquida avançou 16,4% totalizando R$ 1,9 bilhão. O preço médio dos contratos de venda de energia, líquido das exportações e dos tributos sobre a receita, foi de R$ 177,76/MWh no primeiro trimestre, um valor 1,1% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
A produção de energia foi de 10.001 GWh (4.630 MW médios) no trimestres, resultado 2,8% inferior à produção de mesmo intervalo de tempo de 2017. Do total gerado, 8.842 GWh (4.093 MW médios) tiveram origem em UHEs, as termelétricas foram responsáveis por 905 GWh (419 MW médios) e as complementares, por 255 GWh (118 MW médios). Esses resultados, apontou a geradora, representam, respectivamente, reduções de 2,5% e 6,9% na geração das usinas hidrelétricas e termelétricas e aumento de 4,4% na geração das complementares, em comparação a 2017.
A quantidade de energia vendida entre janeiro e março foi de 9.016 GWh (4.174 MW médios), volume 3,7% maior que o comercializado no mesmo período de 2017. A empresa apontou como um dos destaques o volume de energia vendida neste trimestre, mais de 300 MW médios para o triênio de 2020 a 2022.
As usinas de Jaguara e Miranda, arrematadas pela empresa em 2017 adicionaram, pela primeira vez, receitas integrais para a companhia no primeiro trimestre. A receita do ambiente de contratação regulada (ACR) de ambas as usinas somou R$ 112,6 milhões referente aos 70% da alocação no mercado regulado. Os demais 30% da garantia física estão no ACL.
Aliás, a participação de consumidores livres no portfólio da Engie alcançou 49,9% do total das vendas físicas e 44,9% do total da receita operacional líquida (com exceção de CCEE e outras receitas), uma redução de 3,4 p.p. e de 4 p.p., respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa explicou que essa redução na participação de consumidores livres reflete tanto a queda de consumo de clientes industriais quanto a redução do preço de novos contratos.
Em 31 de março de 2018, a dívida bruta total consolidada totalizava R$ 6,7 bilhões, uma elevação de 106,9% ante os R$ 3,5 bilhões da posição apresentada no ano passado. Esse aumento deve-se principalmente à emissão de notas promissórias para pagamento das concessões das usinas de Jaguara e Miranda no valor de R$ 2,1 bilhões. Já a dívida líquida da Engie era de R$ 5,8 bilhões, aumento de 375,4% em relação ao registrado ao fim do de março do ano passado. Os investimentos totais da EBE no trimestre foram de R$ 499,5 milhões.