A multinacional ABB registrou um lucro líquido global de US$ 572 milhões no primeiro trimestre de 2018, 21% menos quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Excluindo os itens não-operacionais, que, no primeiro trimestre de 2017, incluíram um ganho da alienação do negócio de cabos, o resultado foi de US$ 669 milhões, um aumento de 10%. O ebita (antes de juros, impostos e amortização) operacional foi de US$ 1 bilhão, 12% mais elevado.
As receitas cresceram 10% de ano para ano, para US$ 8,6 bilhões. Nas divisões de Robotics and Motion e Electrification Products, explicou a empresa, as receitas foram suportadas pelo crescimento continuado dos pedidos. Isto foi limitado por receitas constantes em Industrial Automation e receitas menores em Power Grids, devido à carteira de pedidos menor, no final de 2017, nestas divisões. Já a receita de serviços foi 15% maior e representou 18% da receita total. As alterações na carteira de negócios relacionados com as aquisições da B&R e os desinvestimentos em 2017 tiveram um efeito líquido positivo de 2% na receita total relatada.
Os pedidos totais cresceram 16%, para US$ 9,8 bilhões, reflexo de aumento em todas as divisões no primeiro trimestre em comparação com um ano atrás. Os pedidos de base (pedidos de base são classificados como encomendas abaixo de US$ 15 milhões) cresceram 15%, refletindo crescimento em todas as regiões. As grandes encomendas representaram 10% dos pedidos totais, mesmo nível do ano passado.
A empresa aponta que os sinais macroeconômicos estão tendendo positivamente na Europa e nos Estados Unidos, com expectativa de crescimento que deverá continuar na China. E relata ainda que o mercado global em geral está de volta ao crescimento, enquanto ainda impactado por incertezas em várias partes do mundo. Os preços do petróleo e os efeitos da conversão cambial deverão continuar influenciando os resultados da empresa.
Nas Américas os pedidos totais ficaram 1% maiores, impulsionados pelo aumento da demanda das indústrias em geral e alguma melhora em indústrias de processo. Os pedidos totais nos Estados Unidos ficaram firmes e os do Brasil cresceram, mas sem dar números. Enquanto isso, a atividade de encomendas no Canadá e no México ficou mais retraída. Os pedidos de base aumentaram 3%.