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A Engie Brasil Energia colocou em seu radar avaliar o processo de venda da Cesp, que recentemente teve o valor mínimo da outorga pelo seu ativo mais valioso, a UHE Porto Primavera (SP/MS, 1.540 MW) estabelecido em R$ 1,1 bilhão pelo governo federal. Contudo, a geradora catarinense ainda diz que sua efetiva participação no certame que alienará os 40% das ações da empresa que pertencem ao governo do estado de São Paulo ainda depende de como virá o edital do leilão.
“Agora com a possibilidade de expansão do contrato de Porto Primavera por 20 anos fica mais interessante sim, mas estamos esperando o edital. [A participação] está no nosso radar, mas dependerá de quão complicado, ou não, virá o edital”, comentou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Carlos Freitas, em teleconferência com analistas e investidores.
Nesse mesmo sentido, mas na ponta vendedora, a Engie afirmou que não desistiu de vender o complexo térmico Jorge Lacerda, depois que as negociações com a Contour Global foram encerradas. Freitas disse que há alternativas, mas não revelou quais são, para negociar os ativos. Inclusive, essa possibilidade de negociação também é avaliada para a UTE Pampa Sul, que ainda está em construção.
Ele voltou a reforçar que a empresa tem preferência por ativos greenfield, pois assim pode utilizar seu expertise em mitigação de riscos e obter mais rentabilidade dessa forma. Mas, não descartou novas aquisições, preferencialmente, por ativos que já foram negociados em leilões mas que não iniciaram a construção, como o complexo eólico Umburanas de 607 MW adquirido da Renova.
Esse apetite vem do fato de que a empresa encerrou o primeiro trimestre com uma alavancagem de 1,6 vezes a relação entre a dívida liquida sobre o ebitda. Esse patamar é considerado confortável e que por isso a tendência é de a geradora recorrer a mais financiamentos para financiar seus investimentos, o que elevará esse indicador.
Falando em risco, Freitas comentou ainda que a UHE Estreito deverá ter a produção de energia totalmente retomada até o final deste mês. A perturbação que levou ao desligamento de 21 de março acabou afetando todas as 8 UGs da usina em diferentes graus ao ponto de retirar a usina do SIN.