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A demanda de energia na área de concessão da Celesc mostra que aparentemente voltou ao seu patamar histórico. Após um crescimento de 4% em 2017 ante o ano anterior, a perspectiva que a empresa que atua em 92% do estado de Santa Catarina é de que em 2018 esse indicador possa ficar em uma faixa entre 3% e 3,5% ante o ano passado. Essa é a sinalização que a concessionária tem após quase cinco meses transcorridos.
De acordo com o presidente executivo da companhia, Cleverson Siewert, a demanda manteve-se dentro de uma média até 2015 quando veio a queda mais expressiva de 2016. E, os dados dos 12 meses encerrados em dezembro último, mostram uma recuperação. Em todas as classes de consumo houve crescimento da demanda ante 2016. A residencial ficou 1,7% mais elevada, a industrial aumentou em 5,2%, a comercial em 3,5%, a rural em 6,4% e a linha classificada como demais classes apresentou elevação de 3,3%. Somando ao final das contas 23.797 GWh de energia faturada.
“Nosso mercado voltou a crescer, de 2012 a 2017 somou um aumento de 2,3% ao ano na média. Isso porque ainda temos nesse intervalo um 2015 com queda, 2016 de crescimento baixo ainda e finalmente em 2017 com retorno de um patamar normal de consumo”, comentou ele à Agência CanalEnergia. “O ponto principal veio do mercado livre onde há cerca de 900 clientes e onde enxergamos oportunidades de fortalecer nossa posição com a comercialização de energia”, apontou.
Siewert relatou que o consumo no verão não foi tão forte quanto no mesmo período de 2016 em função da ocorrência de temperaturas mais amenas em 2017 no trimestre dezembro a fevereiro. Contudo, essa tendência se mostrou inversa nos meses seguintes com a elevação da temperatura e que vem elevando o consumo na área de concessão da empresa. Por isso, a perspectiva atual é da continuidade do crescimento próximo à curva média da Celesc.
Ele comentou ainda que a empresa está tranquila quanto ao nível de contratação de energia da concessionária para o período. O nível de cobertura da demanda está em 102,7%, um nível muito próximo ao ideal que a companhia considera que é de 102,5%.
Mas um item que ainda é foco da atenção da companhia, disse ele, é a questão das perdas, ainda acima do limite regulatório estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Ao fechamento de 2017, o indicador estava em 8,57% ante limite de 7,42%. Segundo Siewert, essa diferença custou à empresa R$ 71 milhões, um volume menor do que o do ano anterior. Mas ainda assim, continuou ele, demanda ações para combate a essas perdas que são de 6,07% para as técnicas e de 2,5% nas comerciais. Ao final de 2016 o índice foi de 8,99%, divididos em 6,03% nas técnicas e 2,96% nas comerciais.
“Nossa meta é de reduzir em 0,5 ponto porcentual ao ano as nossas perdas, o que segundo nossos planos nos levarão para dentro do limite regulatório em 2020”, indicou ele. No plano de ações de combate às perdas estão as inspeções que em 2017 somaram mais de 40 mil, recadastramento e atividades estruturadas de combate aos consumidores clandestinos bem como a comunicação quanto às consequências desse ato.