A catarinense Celesc dará continuidade ao seu programa de demissão voluntária iniciado no ano passado e que levou à adesão de 186 pessoas. Nesta etapa o programa alcançará os eletricistas da companhia que aceitarem os termos propostos pela empresa na versão de 2017. A previsão é de que as demissões comecem no segundo semestre do ano.
Nos cálculos do presidente executivo da companhia, Cleverson Siewert, devem ser elegíveis ao programa cerca de mais 350 funcionários. Ele explicou que essa divisão entre as categorias profissionais deveu-se ao fato de que a empresa não queria ficar desguarnecida às vésperas do verão, uma época marcada por fortes chuvas e que tradicionalmente registra aumento no número de ocorrências na rede.
“Esse ano temos sim um PDI que é uma continuação do ano passado. Dividimos em 4 grandes grupos e o último será agora dos eletricistas, que não fizeram parte no final de 2017 porque temos o verão. Serão as mesmas regras e lógica do programa do ano passado. No todo da companhia enxergamos de 500 a 600 funcionários elegíveis, com as 186 adesões podem entrar no programa algo como 300 a 350 trabalhadores, mas o número final depende de quantos farão adesão”, apontou ele.
Esse programa vem no âmbito da empresa em busca de melhorar o nível de custos gerenciáveis. Siewert lembrou que a companhia vem aprimorando os resultados dessa linha do balanço desde 2011. “O PMSO melhorou 51% nesse período, sem o atuarial esse indicador seria de 93%”, resumiu.
Por isso, continuou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia, esse é um dos itens nos quais a Celesc vem se dedicando a desenvolver. Tanto que entre ações já desenvolvidas está a adequação do plano de cargos e salários com valores de remuneração alinhados com a média do mercado, mudanças no plano de saúde e de previdência. “Os valores pagos a quem entra estão 30% menores e eliminamos gratificações”, acrescentou. No período de 2011 a 2017 foram 1.100 demissões por meio de programas de incentivo na empresa catarinense.