A Neoenergia terminou o primeiro trimestre do ano com lucro de R$ 296,8 milhões, 85,2% maior que o do mesmo período do ano passado, de R$ 160,2 milhões. A empresa divulgou na última segunda-feira, 23 de abril, seus resultados do período. A receita líquida operacional subiu 48,4%, ficando em R$ 5,54 bilhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização ) foi de R$ 1,03 bilhão e representa um aumento de 34,06%. No primeiro trimestre do ano passado alcançou R$ 771,3 milhões.
O grupo investiu R$ 1,13 bilhão no trimestre. O valor engloba todos os investimentos realizados pelas empresas que a Neoenergia controla, como também os feitos nas empresas de controle compartilhado. Somente nas empresas que o grupo controla, o total investido ficou em R$ 643,9 milhões. A área de redes, composta por distribuição e transmissão, recebeu R$ 540,9 milhões, sendo que 97% do total foi para distribuição. O segmento de renováveis, representado por hidrelétricas e eólicas, veio em seguida com R$ 70 milhões. Os demais investimentos realizados pelas companhias de controle conjunto ou coligadas ficaram em R$ 491,5 milhões.
A energia consumida na área de concessão da Neoenergia ficou em 14.010 GWh, crescendo 43,1%, influenciada principalmente pela incorporação da Elektro Redes. O volume de energia fornecida para o mercado cativo chegou a 10.720 GWh, subindo 31,87% na comparação com o mesmo período de 2017. O mercado livre exigiu a entrega de 3.290 GWh de energia durante o trimestre, crescendo 98,6%, também bastante impactado pela contribuição da Elektro Redes, com 1.479 GWh. A receita de uso da rede registrou um aumento de R$ 199,2 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2017.
Nos últimos dias, a Neoenergia vem travando forte disputa pela aquisição do controle da Eletropaulo com a Enel e a Energisa. Na área de geração, ela está construindo a UHE Baixo Iguaçu (350,2 MW), no Paraná e também é sócia da UHE Belo Monte (PA- 11.233 MW).