Um projeto da Engie com a Itaberry Frutas Finas, localizada em Itá, no leste catarinense, promete garantir o provimento de energia solar para a maior área de plantação de mirtilos do país. O contrato assinado entre as partes prevê a implantação de uma micro usina fotovoltaica que irá gerar 98% da eletricidade usada no cultivo e processamento da fruta.
De acordo com a Itaberry, os itens que mais demandam energia no cultivo são os equipamentos de refrigeração e processamento da fruta, além do sistema de irrigação, já que 33 mil pés distribuídos em 13 hectares exigem irrigação constante e controlada. Quando estiver implantado pela companhia, o sistema fotovoltaico deverá gerar uma economia de cinco mil reais por mês na fatura de energia elétrica da propriedade.
“Ficamos sempre muito satisfeitos em firmar parcerias com projetos inovadores, como é o caso da Itaberry”, destacou Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da Engie Geração Solar Distribuída. “A fonte solar está deixando definitivamente de ser apenas uma ‘opção do futuro’ pra se transformar em realidade e está se tornando parte importante da matriz energética do país”, completou.
Os módulos fotovoltaicos irão ocupar uma área de 466 m2 e serão instalados sobre uma estrutura que servirá também de abrigo para os cerca de 500 visitantes que a propriedade recebe por mês. “Teremos uma área protegida e não precisaremos mais alugar tendas e toldos para receber os convidados dos diversos eventos que realizamos ao longo do ano. Vamos também instalar ali um contêiner-loja ampliando o espaço do Empório do Mirtilo”, explicou Gleison Minella, diretor da Itaberry.
Além da fruta in natura e congelada, a família comercializa um cardápio de geléias, sucos, e outros produtos fabricados por empresas parceiras a partir do mirtilo colhido na propriedade. “Nossas ações são norteadas pela busca constante pela inovação e foi isso que motivou o investimento em um sistema de energia renovável que irá trazer economia para a empresa e benefício para o meio ambiente”, avaliou.
O investimento dedicado aos equipamentos e a nova estrutura é de R$ 400 mil reais. Em contrapartida, o valor estará quitado em até cinco anos, quando a empresa terá energia elétrica praticamente de graça, já que o custo de manutenção das placas é reduzido, restringindo-se à limpeza dos equipamentos fotovoltaicos, que têm garantia de 25 anos.