A fabricante italiana de cabos Prysmian no Brasil encerrou o ano de 2017 com um faturamento de R$ 1,5 bilhão. O segmento de energia foi o responsável por 47% desse volume, apresentando um aumento de 3% na bases de comparação anual. A previsão da empresa é de que em 2018 seja registrado um crescimento no país de 5% a 10% mesmo com o cenário de incertezas que é criado em ano de eleição no país.
O maior crescimento no ano passado foi visto no setor de telecomunicações, a empresa obteve um avanço de 8% nos negócios. Já o maior problema é visto no segmento de óleo e gás, que apresentou uma redução de 50%. O resultado operacional da Prysmian no Brasil em 2017 foi de R$ 39,3 milhões com uma liquidez financeira de R$ 161,9 milhões.
Nos planos da empresa para este ano está a mudança para Sorocaba (100 km de São Paulo) onde já há uma planta produção de fibra óptica e onde está em construção sua nova sede. Até o início de 2019 a tradicional fábrica da companhia, em Santo André estará desativada.
Os negócios da Prysmiam ainda estão concentrados em sistemas de cabeamentos de menor extensão. No segmento de energia, o CEO da empresa na América do Sul, Marcello Del Brenna, apontou o fornecimento para sistemas de geração renováveis (eólica e solar) e para distribuidoras como os que devem apresentar demanda independentemente do momento pelo qual o país passa com as eleições. Entre os negócios estão sistemas de transmissão de alta tensão enterrados, normalmente em cidades.
Para o futuro, o executivo aponta possibilidades de a empresa estar presente também em linhas de transmissão. Mas isso dependerá ainda do andamento do processo de integração da norte-americana General Cables, adquirida pela Prysmian no final do ano passado. Por enquanto, disse ele, a empresa aguarda o aval dos órgãos antitruste em nível global, incluindo o Cade aqui no Brasil.
“Nos Estados Unidos tivemos o primeiro sinal verde, na Europa a reunião que tratará do assunto é em 8 de maio, o início da operação integrada das empresas se dará apenas após a última avaliação por esses órgãos nos mercados onde ambas atuam. Estamos empregando esforços para que a última análise ocorra no terceiro trimestre deste ano”, apontou ele.
Por enquanto, avalia ele, as possibilidades de enterramento de cabos mostra-se boa, mesmo com o fato de ser uma decisão que demora para ser tomada. Segundo Del Brenna, há alguns projetos em andamento e a tendência é de crescimento nesse mercado, mas classificou-a como tímida.
No geral, apontou ele, as expectativas para este ano são de crescimento ainda maior nos mercados de telecomunicações, onde a demanda por cabo e fibra óptica permanece alta, e distribuição de energia, a partir da expansão e modernização do setor elétrico nacional, além do setor automotivo e de renováveis. A retomada da construção civil permanece tímida, e afirmou ainda que não se veem sinais de recuperação no setor de óleo e gás.