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O setor de distribuição de energia elétrica poderia dobrar a produtividade da força de trabalho com o uso de novas tecnologias, afirma o estudo How Utilities Can Boost Workforce Productivity with Digital, recém-lançado pela empresa de consultoria estratégica The Boston Consulting Group (BCG).
Segundo o estudo, ao otimizar procedimentos, as empresas do setor podem aumentar em 50% a disponibilidade de trabalhadores em campo e reduzir em 25% o tempo necessário para tarefas de rotina e em 30% as viagens repetidas.
“Os números são especialmente significativos para um setor que sofre grande pressão, por parte de órgãos reguladores, investidores, clientes e concorrentes, para uma melhor performance e rápida resposta no caso de interrupções e falhas de rede, a um custo mínimo”, comenta André Pinto, sócio do BCG. E esse desafio pode ser enfrentado aprimorando o gerenciamento da força de trabalho. Os trabalhadores de campo, essenciais para resolver tais falhas, correspondem a mais da metade dos colaboradores na maioria das concessionárias e representam aproximadamente 40% da massa salarial, em média. Porém, com as tecnologias digitais, é possível fazer o mesmo serviço com menos pessoal.
Algumas empresas já utilizam drones sobre linhas de energia em vez de enviar funcionários a campo. Sensores remotos, medidores inteligentes e dispositivos portáteis transmitem dados que preveem quando a força de campo deve realizar uma manutenção. As mais avançadas utilities empregam inteligência artificial e realidade aumentada para orientar os trabalhadores remotamente, lidando com interrupções de modo seguro e rápido.
Nenhuma empresa atingiu ainda a digitalização completa, mas algumas das líderes de mercado estão caminhando para ela, automatizando e integrando seus sistemas de gerenciamento de ativos e mão de obra. Apesar de todas as vantagens, o setor tem adotado mais lentamente sistemas digitais de gerenciamento da força de trabalho do que empresas de outras áreas, como varejo, por exemplo. “A culpa do atraso é da baixa pressão regulatória, das restrições dos sindicatos trabalhistas e das considerações da área de segurança de abastecimento, entre outros fatores”, explica Jean Le Corre, sócio sênior do BCG.