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Com a incorporação da Silver Spring Networks ao seu portfólio, a Itron se vê mais fortalecida para o desenvolvimento de novas soluções para sistemas de smart grid e smart cities. A aquisição por cerca de US$ 830 milhões foi anunciada em setembro de 2017 e em janeiro veio o fechamento da transação. Atualmente, o trabalho que está sendo conduzido é a integração das equipes, com destaque para as áreas de engenharia e P&D de ambas empresas no sentido de desenvolver soluções que carregarão a convergência das tecnologias de ambas empresas. A expectativa é de que no segundo semestre deste ano já seja possível de ver os primeiros resultados dessa iniciativa na forma de novos produtos.

De acordo com o diretor de tecnologia da subsidiária local da Itron, Helder Bufarah, a aquisição da Silver Spring trouxe complementaridade ao portfólio da empresa que continuará a oferecer sua plataforma de produtos – inclusive com o seu padrão de comunicação – ao mesmo tempo que coloca ao mercado as opções da recém incorporada, que tem como foco infraestrutura crítica tanto para as utilities quanto para as cidades inteligentes.

Bufarah contou à Agência CanalEnergia que a meta da Itron com essa transação não é a de verticalizar seu negócio. A incorporação, que se deu em nível global, tem como objetivo ampliar o portfólio de soluções, mas sem obrigar o cliente Itron a ter a solução Silver Spring ou o contrário.

“Não passaremos por nenhum direcionamento de verticalização. Continuamos no caminho de oferecer as opções para nossos clientes para que eles tenham versatilidade de escolha tanto nas aplicações quanto para os dados e gerar valor para os negócios”, comentou ele.

O executivo ressaltou ainda o momento pelo qual as utilities passam de reforçar a questão da comunicação dos dispositivos ao passo que a tecnologia do setor avança. Especificamente para o setor elétrico, nas soluções de redes inteligentes. E ainda, no caso brasileiro, com os indicadores estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica cada vez mais apertados no sentido de redução de perdas e de melhoria de indicadores de qualidade de fornecimento. Em sua avaliação esses avanços exigem uma maior capacidade de inteligência e agilidade para solucionar problemas na rede.

Ao mesmo tempo que avança há novas oportunidades de negócios  para a empresa, reflexo da evolução tecnológica e inovação nas cidades. Uma das citadas é a iluminação pública com telegestão e outros serviços relacionados à gestão das cidades nas três esferas de serviços públicos, seja em energia, gás ou água. No caso relacionado à energia ele cita as concessões para a iluminação pública e sua gestão que por ser pulverizada por todo um território determinado (todos os pontos de iluminação de um município) demandam uma comunicação mais assertiva.

Por isso, a Itron começou a ver como possíveis novos nichos de mercado essas perspectivas de novos serviços para cidades, seja com base em concessionárias com contratos fechados por meio de Parcerias Público Privadas (PPP) ou diretamente com o poder público, onde há possibilidades de oferecer serviços viabilizados pela integração que a inteligência pode proporcionar.

Bufarah ainda destacou que no caso da Itron a meta é ofertar soluções abertas que possam promover a comunicação com outros dispositivos mais tradicionais. Ele lembra que como o investimento nesse modelo de infraestrutura não é algo trivial e demanda mais tempo que a evolução da tecnologia é importante que haja a comunicação entre as gerações mais atuais e as antigas para garantir que haja a continuidade dos programas. “Nós ainda não sabemos qual será o futuro dos dispositivos, mas temos que facilitar o que surgirá mais à frente e esta solução está no padrão aberto da comunicação, no médio e longo prazo não deveremos ter algo diferente do IP”, comentou.

Essa necessidade comunicação vem do fato de que as utilities têm prazo de depreciação dos equipamentos que é obrigatório por questões regulatórias. E, relata, é um investimento que custa caro em uma operação complexa, por isso a importância de garantir a compatibilidade entre as diferentes gerações de tecnologia e assim olhar o racional econômico para os clientes.