A CPFL Renováveis reportou um prejuízo liquido de R$ 72,5 milhões no primeiro trimestre de 2018, aumento de 32,7% ante as perdas de R$ 54,6 milhões do mesmo período do ano anterior. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 227,8 milhões, valor 3,7% inferior ao do mesmo período no ano passado. A margem ebitda chegou a 59,4% no primeiro trimestre, 4,4 pontos porcentuais inferior ao mesmo período em 2017.
A receita líquida total da companhia alcançou R$ 383,5 milhões no primeiro trimestre de 2018, aumento de 3,4% quando comparada ao mesmo período no ano passado. Essa variação, apontou a empresa, deve-se ao aumento de R$ 9,8 milhões na receita das eólicas, devido ao efeito positivo, no primeiro trimestre deste ano, do leilão de energia nova por meio do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD). O preço do contrato firmado no mercado livre (ACL) foi superior ao preço no mercado regulado. A entrada em operação do complexo eólico Pedra Cheirosa também contribuiu para o aumento da receita líquida.
A companhia explica que este resultado ocorreu em função dos maiores custos de geração de energia, principalmente com a compra de energia para atender às exposições das eólicas no mercado de curto prazo. Tal efeito, continua, foi parcialmente compensado pela entrada em operação do Complexo Eólico Pedra Cheirosa e pela reversão de provisão impairment ocorrida no primeiro trimestre de 2018.
A geração de energia no trimestre diminuiu 7,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No encerramento do primeiro trimestre de 2018, a CPFL Renováveis contava com 93 ativos em oito municípios e capacidade de 2.102,6 MW, crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento deve-se ao início da operação comercial do complexo de Pedra Cheirosa, que acrescentou 48,3 MW de capacidade em junho de 2017.
No primeiro trimestre deste ano, a geração de energia dos parques eólicos apresentou redução de 20,8%, quando comparada à geração no primeiro trimestre de 2017. Esta variação deve-se principalmente à menor incidência de ventos no Rio Grande do Norte e no Ceará. A geração de energia foi impactada também pela menor disponibilidade dos parques eólicos do Ceará, devido à fase de adaptação dos aerogeradores da Siemens-Gamesa, operados anteriormente pela Suzlon.
Em contrapartida a geração de energia das PCHs e das usinas de biomassa apresentaram um acréscimo de 16,3%, ou 68,1 GWh e 2,9%, ou 2 GWh nos três primeiros meses de 2018 ante 2017, respectivamente. Os investimentos somaram R$ 38 milhões de janeiro a março, recursos aplicados na construção da PCH Boa Vista 2 com 29,9 MW que entrará em operação comercial em 2020.