O consumo de energia no Brasil subiu 5,3% nos primeiros dias de maio. É o que indica os dados preliminares de medição coletados entre 1º a 8 de maio pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que também mostram crescimento de 6,2% na geração de energia elétrica no país na comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam no boletim InfoMercado Semanal Dinâmico da CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Nos primeiros dias de maio, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN atingiu 60.864 MW médios, índice 5,3% superior ao montante consumido no mesmo período do ano passado. O aumento é explicado pelas temperaturas mais elevadas neste ano.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo) o consumo cresceu 3,5%, índice que considera as cargas oriundas da migração para o mercado livre (ACL). A demanda por energia seria 5% maior, caso esse movimento fosse desconsiderado.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL teve acréscimo de 9,4% em maio, com índice abarcando as cargas oriundas do ACR na análise. Caso o impacto da migração não fosse levado em conta, o consumo seria 6% superior.
Entre os ramos da indústria avaliados pela Câmara, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores químicos de madeira, papel e celulose e metalurgia e produtos de metal aumentaram a demanda por energia, com 10,7%, 8,7% e 8,1%, mesmo sem o impacto da migração na análise, enquanto apenas o segmento têxtil apresentou retração no consumo, com 1,4%.
A geração de energia no Sistema alcançou 64.290 MW médios, número 6,2% superior ao registrado em 2017. A produção das hidrelétricas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, subiu 9,7% e das usinas eólicas registrou incremento de 26,5%. A geração térmica, por sua vez, caiu 13,1% no período.
O boletim também apresenta a estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em maio, equivalente a 88,7% de suas garantias físicas, ou 45.368 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 82,7%.