A Eletropaulo apresentou prejuízo de R$ 5,4 milhões no primeiro trimestre de 2018, segundo balanço financeiro divulgado nesta terça-feira, 15 de maio. O resultado negativo vem em um momento em que o controle acionário da distribuidora de energia elétrica de São Paulo é alvo de interesse das empresas Neoenergia e Enel Brasil.
De janeiro a março, a receita líquida da concessionária totalizou R$ 3,2 bilhões, crescimento de 13% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. O Ebitda (geração de caixa antes de juros, impostos, amortização, depreciação) alcançou R$ 251 milhões, queda de 4,4% na comparação com 2017.
Nos primeiros três meses de 2018, a empresa investiu R$ 226,3 milhões, crescimento de 22,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa informou que pretende investir R$ 4,942 bilhões de 2018 a 2022, sendo R$ 4,523 bilhões em recursos próprios e R$ 419 milhões de recursos financiados pelos clientes. Os recursos serão voltados para a melhoria da eficiência e da confiabilidade operacional da distribuidora.
A Eletropaulo informou que segue comprometida com o plano estratégico de criação de valor, no qual, além dos investimentos, o programa de produtividade é um importante pilar. A distribuidora reduziu as despesas operacionais em R$ 203 milhões no ano passado, com base principalmente em redução de compensações, fruto da melhoria da qualidade dos serviços prestados, e ações para redução da inadimplência.
Para este ano, a redução esperada é de R$ 150 milhões, dos quais R$ 26,8 milhões foram realizados no primeiro trimestre, e R$ 100 milhões são previstos para 2019, como resultado do ganho de eficiência na operação. Por outro lado, a dívida líquida cresceu 37,1%, passando de R$ 3,34 bilhões (1T17) para R$ 4,58 bilhões (1T18). O múltiplo dívida/Ebitda ficou em 3,13x, contra 2,87x no ano passado.
O mercado total da companhia (energia faturada e não faturada) somou 10.699,4 GWh, queda de 1,6% na comparação com o primeiro trimestre de 2017. A Eletropaulo é a maior distribuidora de energia elétrica do Brasil em volume de energia vendida e está presente em 24 cidades da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, principal centro econômico-financeiro do Brasil.