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A matriz energética do estado do Rio de Janeiro deverá ver nos próximos anos o crescimento do gás e da como principal de energia do estado. A Subsecretaria de Desenvolvimento Econômico lançou nesta quarta-feira, 16 de maio, a Matriz Energética do Estado 2017-2031. O estudo, feito pela Coppe/UFRJ, mostra que na atual conjuntura, o insumo é o único no estado que não tem o seu preço acima da média nacional, como acontece por exemplo, com energia elétrica, o que pode viabilizar a sua expansão indústria e transporte. “É uma boa fonte de energia para melhorar a competitividade”, explica Amaro Pereira, professor do PPE/Coppe/UFRJ e coordenador do projeto. A geração de energia no estado tem perfil térmico, movidas a gás, carvão e nuclear.
No setor elétrico, o gás tem surgido com força no estado no último ano. Em 2017, a Prumo Logística comprou o projeto da Térmica a gás GNL de 1.200 MW da Bolognesi leiloado em 2014 e o levou para o porto do Açu. No leilão A-6, a mesma Prumo viabilizou projeto de potência similar, enquanto um consórcio de empresas com Shell e Mitsubishi viabilizou a térmica Vale Azul, em Macaé. O estado é tradicionalmente importador de energia, mas a seca de 2014, que fez as térmicas do estado ficarem ligadas, mudaram o quadro.
A projeção de referência é que até 2031 seriam 8,6 mil unidades comerciais com produção de energia solar, que gerariam 86,2 MWp e 331 mil casas, que impulsionadas por programas habitacionais, gerariam 993,9 MWp. Um cenário alternativo para a matriz estadual foi elaborado com base na eficiência energética e no avanço das renováveis mostra que isso traria efeitos benéficos para o estado, como aumento da competitividade da indústria, melhora da mobilidade urbana com ônibus elétricos, além, do incremento da fonte solar e da geração distribuída. A projeção é que até 2031 seriam 2.085 MWp de GD, com 250 MW a biomassa e resíduos, com 20 MW em 2026.
Para o superintendente de energia da SDE, Claudio Guaranys, mesmo com o eminente avanço da renováveis no país, o estado vai continuar a ser líder na produção de petróleo e gás desse insumo, que continuarão a ser bastante demandados no país e no mundo nas próximas décadas. Ele cita como fato da pujança do gás no estado, o fato de das mais de 400 empresas acreditadas pelo Inmetro para fazerem conversão a gás em veículos, cerca de 40% estarem no estado do Rio.
Também foi lançado o Balanço Energético Estadual 2015-2016, que reflete a imagem de que a crise econômica foi mais cruel com o Rio de Janeiro que com os outros estados. Segundo Pereira, algumas indústrias como a de construção, foram impactadas severamente, o que reduziu bastante o seu consumo de energia. A indústria em 2016 teve queda de 8,6% no consumo total na comparação a 2014 e os transportes, de 12,3% no mesmo período. O consumo de energia o estado correspondeu a 7,6% do total nacional. Já a produção de energia o estado foi 35% da produção de energia primária em 2016.