Na avaliação da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), o setor de comércio foi o líder na expansão do consumo no Ambiente de Comercialização Livre (ACL). Em março deste ano, o segmento consumiu 917 MW médios, 24,5% a mais do que os 736 MWm registrados no mesmo período do ano passado.
A expansão é quase toda advinda do impacto das migrações, que seguem sendo principal impulsionador de crescimento do mercado livre, apesar do ritmo mais desacelerado quando comparado ao pico de migrações registrado em 2016. Neste ano, foram 216 adesões apenas no primeiro trimestre, alcançando a marca de 5.349 consumidores. Ao excluir o efeito de novas cargas, o comércio ainda apresenta uma expansão de 2,6% no consumo de energia.
Segundo a análise da Abraceel, o consumo de energia do Sistema Integrado Nacional (SIN) aumentou 2% em relação ao mesmo período do ano passado, passando para 64.949 MWm. Porém, ao considerar apenas o ACL, a elevação do consumo foi comparativamente maior, com um acréscimo de 3,8%. “Os dados refletem o ritmo de retomada gradual da indústria brasileira e como o mercado livre de energia é precursor dessa retomada”, afirmou Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel.
Por sua vez, a indústria química foi a que registrou a maior queda no consumo livre, caindo de 2.148 MWm para 2.022 MWm, uma retração de 5,8%, reflexos de um setor que ainda depende dos desfechos da economia nacional e internacional. Os comercializadores foram responsáveis 55% dos contratos firmados no ambiente livre, somando 43.232 MWm.