Dados compilados pela CCEE entre os dias 1º e 15 de maio mostram que o consumo de energia aumentou 3,9% em maio, enquanto geração de energia elétrica no país alcançou crescimento de 4,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam no boletim InfoMercado Semanal Dinâmico da Câmara, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

Nas duas primeiras semanas de maio, o consumo de energia no SIN atingiu 60.959 MW médios, montante de energia 3,9% superior ao consumo no mesmo período de 2017. As temperaturas mais elevadas neste ano são o principal fator para o aumento.

No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo) o consumo cresceu 2,5%, índice que engloba as cargas oriundas da migração para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento fosse desconsiderado, a demanda por energia seria 3,9% superior.

Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL o consumo subiu 7,4% em maio, índice que considera a migração de cargas na análise. Caso o impacto da migração não fosse levado em consideração, o consumo seria 3,9% superior.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores químicos, metalurgia e produtos de metal e de madeira, papel e celulose aumentaram respectivamente em 8,1%, 6,6% e 6,5% a demanda por energia, mesmo sem o impacto da migração na análise. Por sua vez os segmentos de saneamento têxtil e de serviços apresentaram retração no consumo, com 2,5%, 1,8% e 1,7%.

Já a geração de energia no Sistema apresentou 64.007 MW médios, índice 4,2% superior ao registrado no em 2017. A produção das usinas hídricas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, registrou acréscimo de 8% e das eólicas 27,3%. A geração térmica teve 16,3% de queda no período.

O boletim também apresenta estimativa da produção das hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em maio, equivalente a 86,6% de suas garantias físicas, ou 44.259 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 80,7%.