A revisão tarifária da Cemig vai levar a um aumento médio de tarifas de 23,19%, com efeito médio de 35,56% para os consumidores atendidos em alta tensão e de 18,63% para os clientes em baixa tensão. Para os consumidores residenciais, especificamente, o impacto será de 18,53%.  As novas tarifas serão aplicadas a partir de 28 de maio.

Entre os fatores que impactaram o resultado da distribuidora estão a inclusão na tarifa dos próximos 12 meses de 10%  em componentes financeiros, e a retirada de 6,24% em custos financeiros que haviam sido incluídos no ano passado.  Os encargos setoriais tiveram peso de 3,3%, com destaque para o aumento das despesas da Conta de Desenvolvimento Energético. Os custos de transmissão representaram um  impacto de 1,44%, enquanto a compra de energia impactou  o índice em  4,2%, por conta,  principalmente, do aumento do custo da energia das hidrelétricas em regime de cotas e de Itaipu.

A diferença entre os efeitos da revisão para os consumidores conectados em alta e em baixa tensão é explicada pelo aumento de 35% da cota anual da CDE, que  afeta mais os grandes usuários da rede, que são os consumidores industriais de energia. No caso da Cemig aproximadamente 75% do mercado de alta tensão são de consumidores livres, que tem custos da CDE e da Rede Básica mais significativos.

Além da revisão tarifária, a Aneel aprovou os limites dos indicadores de qualidade DEC e FEC – que medem a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia na área concessão da distribuidora – para o período de 2019 a 2023. A Cemig atende  8,3 milhões de unidades consumidoras em 774  municípios de Minas Gerais.