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A não votação da Medida Provisória 814 pela Câmara dos Deputados nessa semana preocupa a Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares. Havia uma emenda na MP que reajustava o valor da tarifa da usina nuclear Angra 3, que está paralisada por falta de fôlego financeiro da Eletrobras. De acordo com Orpet Marques Peixoto, vice-presidente da Abdan, essa sinalização tornava possível a conclusão da usina, o surgimento de um parceiro para o projeto e previa um futuro para próximos projetos. “Embora a MP não resolvesse os problemas do setor nuclear, era um caminho para isso”, afirma Peixoto, que participou nesta quinta-feira, 24 de maio, do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, no Rio de Janeiro (RJ).
A expansão da fonte nuclear no país passa pela conclusão da térmica nuclear, que teve suas obras paralisadas em 2015. Segundo Peixoto, não dá para pensar em construir outra usina deixando uma em construção inacabada. “Não pode deixar Angra sem acabar, não há clima político e técnico para isso”, comenta. Ele coloca como primeiro passo o término da usina para em seguida a elaboração de uma política de expansão da fonte.
O vice-presidente da Abdan ressaltou ainda no evento sobre a necessidade de políticas públicas que deixem a usina de Angra 3 se torne competitiva e viável, já que mesmo com a expectativa dos próximos anos de que outras fontes fiquem abundantes, como o gás do pré-sal, a usina e a energia nuclear continuariam atrativas.
O plano de demissão voluntária da Eletrobras, que se aplica a Eletronuclear, também gera atenção de Peixoto. Segundo ele, a Eletronuclear vive um envelhecimento do quadro técnico aliada a uma falta de perspectiva. Isso cria um ambiente para os PDVs. “Se tiver boas perspectivas, geralmente os PDVs são minimizados”, observa.