A S&P Global Ratings reafirmou os ratings ‘BB-’ na escala global e ‘brAA-/brA-1+’ na Escala Nacional atribuídos à Taesa com perspectiva estável e com SACP ‘bbb-’ permanecendo inalterado. Também foi reafirmado o rating ‘brAA-’ da 3ª emissão de debêntures no valor de R$ 2,2 bilhões a serem pagos em três séries, com vencimento em 2024.
Na análise da agência, as reafirmações incorporam o limite ao rating soberano, existindo uma considerável probabilidade de a empresa ser afetada em um evento de default soberano, dada a natureza regulada de seu negócio. Acredita-se que, em tal cenário de estresse, a companhia poderia estar em última análise sujeita a controles de tarifas, o que afetaria negativamente suas receitas e acesso ao crédito.
A expectativa da S&P é de que as métricas de crédito da empresa se deteriorem temporariamente, atingindo um índice de dívida sobre EBITDA em torno de 3,5x-4,0x e geração interna de caixa sobre dívida entre 15%-20% até 2019, principalmente em função dos investimentos mais altos na construção de novas linhas de transmissão. Apesar do aumento na alavancagem, a Agência manteve o perfil de crédito individual (SACP) ‘bbb-’ da empresa inalterado, refletindo sua forte rentabilidade, como observado nas margens EBITDA acima de 95% e em sua geração de fluxo de caixa muito resiliente e previsível, o que se compara favoravelmente às de seus pares.
Como parte de sua estratégia de diversificação de sua expansão por meio de aquisições, a Taesa possui um plano de investimento de R$ 3,2 bilhões para os próximos cinco anos, destinado à construção de novas linhas de transmissão. Tal fato, na visão da Agência irá ajudar a empresa a substituir fluxos de caixa de certas linhas de transmissão que estão se aproximando da metade da vigência da concessão, quando as receitas caem 50%, de acordo com os termos de seus contratos de concessão.