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Tendo viabilizado dois projetos de grande porte no leilão A-6 do ano passado, a fonte térmica também tem boas perspectivas para esse leilão. Com uma capacidade cadastrada de 28.656 MW em 39 projetos, esse montante de energia é maior que o montante cadastrado para a fonte eólica, de 27.142 MW. De acordo com Lucas Rodrigues, da Safira Energia, esse êxito duplo do último leilão é um dos fatores que aumenta as chances. “A perspectiva é boa. Tem um histórico do último leilão de contratação de duas termelétricas a gás natural e também alguns projetos que podem passar”, afirma.
Lembrando que os projetos termelétricos têm uma complexidade diferente de outras fontes, além da potência instalada bem maior, o analista também lembra que o crescimento da matriz em eólicas e solares faz com que sempre exista a possibilidade de usinas térmicas serem viabilizadas nos certames. “A matriz cresce em renováveis, com certeza o planejador sempre mantém no PDE uma expectativa de projetos de UTEs”, avisa.
A Prumo Logística e a Vale Azul, que se saíram vencedoras no leilão de 2017, largam na frente das outras concorrentes caso tenham projetos aptos a entrarem no certame. Por já estarem vivendo a realidade dessas usinas contratadas, ganham de quem ainda busca a primeira vitória. “O fato de já estarem com projeto, faz elas estarem na frente, com certeza”, pondera Rodrigues. Embora ele faça esse prognóstico, ele não descarta que outros players já atuantes no setor, mas que andavam afastados, possam reaparecer. Quem pode se enquadrar neste caso é a Eneva, um dos maiores players térmicos do país e que já anunciou que vai para o leilão com dois projetos.
Um aspecto que o analista da Safira coloca como positivo é que essa ‘retomada’ de empreendimentos térmicos vai dar um substancial reforço nos investimentos no estado do Rio de Janeiro. Com as duas usinas da Prumo e mais uma da Vale Azul já contratadas, o estado também é o que mais tem usinas cadastrados, com oito projetos. Além disso, ele tem outros atrativos que colocam seus projetos na dianteiro da disputa. “Geograficamente ele tem uma disponibilidade de combustível próxima do grande centro de carga. É benéfico e vai melhorar o recebimento de investimentos”, observa.
O financiamento, que no leilão de A-5 de 2014 acabou por posteriormente inviabilizar as usinas da Bolognesi, vem sendo muito trabalhado, de acordo com Rodrigues. Hoje ele vê um ambiente melhor para a oferta de combustível e mais preparação dos players nessa área, embora outros pontos ainda devam ser levados em consideração para a equação perfeita do financiamento de um player. “Hoje tem maior confiança para conseguir financiamento. No fim das contas o que pode ser problema para um pode não ser para outro”, conclui.