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O ambiente de negócios no Brasil para fusões e aquisições no setor de energia continua positivo. A tendência é de que este ano seja verificado um volume mais elevado de negócios do que no ano passado, quando segundo dados da consultoria KPMG foram registradas 42 operações desta natureza, o sexto maior número de operações entre 42 setores considerados no levantamento da empresa. Somente nos três primeiros meses de 2018 foram registradas seis operações e com a perspectiva de vendas das SPEs da Eletrobras e, talvez, de suas distribuidoras, o volume de negócios pode ultrapassar esse volume.
O volume reportado no acumulado dos três primeiros meses do ano é o mesmo reportado em 2017. Segundo o levantamento, em comparação com os anos anteriores, houve uma queda considerável no número de fusões e aquisições na indústria. Em 2016, foram concretizadas 11 operações no primeiro trimestre e em 2015 foram dez.  Já o maior número de transações em um ano ocorreu em 2014 com 56 operações em um histórico que data de 1998. “Apesar de o número de negócios fechados pelo setor de energia elétrica ter ficado estável em comparação com o ano passado, trata-se de uma indústria que ainda apresenta um bom número de delas com potencial de crescimento”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
De acordo com o executivo, o maior número de operações está ligado ao segmento de geração, até porque é o maior número de plantas. Mas no geral, comentou ele, o mercado de energia está muito ativo até por conta de ser caracterizado por uma forte regulação que mantém a atratividade dos investidores interessados. Principalmente porque já são ativos que contam com contratos de longo prazo, e consequentemente, com uma perspectiva de geração de receita imediato no caso de empreendimentos já operacionais.
“O mercado de energia no Brasil é maduro bastante regulado e com regras bem definidas”, avaliou Coimbra. “Vejo o ambiente de negócios no país como positivo e há questões como a venda das SPEs da Eletrobras e das distribuidoras que se vendidas, somente estas já ajudariam as operações de fusões e aquisições a do ano de 2017. E pelo fato de serem ativos que estão no mercado regulado e por este motivo já estão com a receita garantida, por mais que haja um certo risco político momentâneo a empresa não vê uma ameaça aos recebíveis”, acrescentou.
E ainda há as perspectivas de novos negócios com o avanço dos leilões de transmissão ainda este mês e o A-6, agendado para 31 de agosto. No atual momento, disse o sócio da KPMG, a tendência é de que os valores vistos nas disputas de 2017 e do A-4 deste ano não deverão sofrer tanta variação quando comparados. Isso porque ainda há um cenário mais desfavorável aos fabricantes por conta da baixa demanda. Em sua opinião, a perspectiva é de que a curva de preços volte ao seu patamar normal, que não é o desses leilões de geração de 2017 e de 2018, pois nessas oportunidades a demanda esteve abaixo do normal , e por isso, com alta competitividade a briga por preços ganhou mais espaço pela concessão de descontos bastante significativos.
“Se o Brasil voltar ao nível de crescimento mais forte de sua economia o potencial de desconto não deve continuar nesse patamar que temos visto”, argumentou ele em relação ao mercado regulado. Já para o livre uma saída pode ser justamente o que ocorreu no final de 2017, quando as geradoras não venderam toda a capacidade no ACR deixando uma parte da potência instalada para rentabilizar o projeto ao negociar a energia no ACL.
Outro cenário que a empresa tem notado é a tendência de verticalização das empresas que vêm atuando em geração, transmissão e distribuição para assim ganhar escala e poder ser mais competitiva nesse mercado. Esse comportamento, disse ele, deverá continuar a ser visto uma vez que as empresas conseguem maior sinergia e redução de capex e equalizar a rentabilidade como um todo. “Acredito que teremos bons leilões para frente e ainda há espaço para muita coisa acontecer”, finalizou.