Com capacidade instalada de 12 MW, a pequena central hidrelétrica Senhora do Porto entrou oficialmente em operação comercial em Dores de Guanhães (MG) nesta sexta-feira, 8 de junho. A usina faz parte de um projeto da Cemig e da Light que inclui outras três PCHs: Dores de Guanhães (14 MW) e Jacaré (9 MW), também situadas em Dores de Guanhães, e Fortuna II (9 MW), localizada nas cidades de Virginópolis e Guanhães, no Leste de Minas.
A implantação, exploração, operação e manutenção dos empreendimentos é de responsabilidade da Guanhães Energia S.A., empresa com participação acionária de 49% da Cemig GT e de 51% da Light Energia S.A. Ao todo, serão instaladas nove unidades geradoras, duas na PCH Senhora do Porto, na PCH Dores de Guanhães e na PCH Jacaré e três na PCH Fortuna II.
De acordo com diretor de Geração e Transmissão da Cemig, Franklin Moreira Gonçalves, a entrada da operação comercial ocorreu após o acionamento da primeira unidade, em 24 de abril, e a fase de testes, a partir de 22 de maio. “A segunda turbina será ligada em julho deste ano. Vamos fazer o acionamento gradativo das unidades, até que a última entre em operação na PCH Jacaré, provavelmente em fevereiro de 2019”, afirmou o diretor.
Segundo a Cemig, quando as nove unidades geradoras das quatro usinas estiverem em operação, no início do ano que vem, a energia gerada será suficiente para abastecer em média 135 mil residências ou um município de 37 mil habitantes, como Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A PCH Senhora do Porto faz parte do primeiro empreendimento da distribuidora em Minas Gerais na área de geração a entrar em operação desde 2010. Segundo o presidente da concessionária, Bernardo Alvarenga, esse momento representa a retomada dos investimentos da Companhia no estado:
“A usina vai gerar energia a partir de uma matriz renovável e sustentável – a água – e, com isso, vai colaborar para que seja evitado o acionamento de usinas térmicas, cuja geração é mais cara. Isso vai trazer economia aos consumidores”, destacou Alvarenga.
Segundo ele, até dezembro de 2017, foram integralizados R$ 189,2 milhões no projeto pela Cemig GT, valor proporcional a sua participação de 49% no empreendimento. “O investimento inclui, também, a construção de uma Subestação Integradora e 70 quilômetros de extensão de linhas de distribuição, para conectar as PCHs à Subestação Guanhães 2, que pertence à Cemig Distribuição”, completou.