A AES Brasil reafirmou seu compromisso com o Brasil ao anunciar nesta terça-feira, 19 de junho, seu primeiro projeto de armazenamento de energia. Julian Nebreda, CEO da companhia, disse que surgiram rumores no mercado depois da venda da Eletropaulo de que empresa norte-americana poderia deixar o Brasil. Porém, o executivo tratou de afastar essa possibilidade e disse que o país continua oferecendo oportunidades para o grupo AES.

“Não é novidade que as baterias tem um potencial para mudar toda a arquitetura do setor elétrico. Hoje estamos anunciando a nossa primeiro projeto. É um projeto pequeno…. mas é o começo de uma grande mudança. A bateria tem um imenso valor no Brasil e ajudará a prover energia a um preço muito mais barato”, disse o executivo durante evento em São Paulo.

O projeto nasceu no contexto de um programa de pesquisa de desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e foi instalado na hidrelétrica de Bariri (SP-136 MW). A AES Tietê investiu R$ 5,4 milhões.

O sistema de 161 kW, expansível para 1 MW, permite que o excedente de energia gerado possa ser armazenado e usado em momento mais oportuno. Um dos usos possível das baterias no Brasil, por exemplo, é o armazenamento de energia para o atendimento de picos de demanda ou em caso de falhas na rede.

Além disso, fontes intermitentes como eólica e solar estão liderando a expansão da matriz elétrica do Brasil e no mundo. O armazenamento de energia vai potencializar a entrada dessas energias, contribuindo para aumentar a segurança do sistema elétrico ao reduzir as intermitências da geração.

“Trata-se de uma tecnologia promissora não apenas para aplicações em utility scale, na geração ou transmissão, mas em clientes finais”, disse Ítalo Freiras, presidente da AES Tietê. “É possível associá-la à geração distribuída, gerenciamento de demanda e também permitir que indústrias tenham acesso a um suprimento de energia elétrica mais estável, por exemplo”, destacou.