O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de junho teve variação 1,11%, evoluindo 0,97 ponto percentual em relação a maio, quando obteve 0,14%. A taxa repete a de junho de 1996, maior variação para o mês desde 1995, quando chegou a 2,25%. Já a variação acumulada do ano ficou em 2,35% e o acumulado nos últimos 12 meses foi 3,68%, resultado acima dos 2,70% registrados nos 12 meses anteriores

O grupo Habitação apresentou variação de 1,74%, sendo um dos responsáveis pela aceleração em junho, com destaque para a energia elétrica, que registrou alta de 5,44%, representando o segundo maior impacto individual no índice. Além da vigência, a partir de 1º de junho, da bandeira tarifária vermelha patamar 2, adicionando a cobrança de R$0,05 a cada kwh consumido, cinco regiões das 13 pesquisadas sofreram reajuste nas tarifas: Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza e  Porto Alegre.

De acordo com o IBGE, a alta no item taxa de água e esgoto (0,77%) na Habitação foi consequência dos reajustes de 5,12% nas tarifas em Curitiba, a partir de 17 de maio, 2,78% em Recife, em vigor desde 12 de maio, de 3,50% em São Paulo, desde 9 de junho, e de 4,09% em Salvador, valendo a partir de 12 de junho.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 16 de maio a 13 de junho de 2018 e comparados com 14 de abril a 15 de maio do mesmo ano. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.