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A geração de energia elétrica através da fonte solar ainda é um assunto pouco esclarecido entre consumidores residenciais e empresas, onde dúvidas como quanto custa/como funciona um painel ou o quanto se pode economizar com um pequeno projeto pairam entre os novos interessados.
É sob esse contexto que o Banco do Brasil e a WWF-Brasil decidiram criar uma Calculadora de Projetos Fotovoltaicos. A ideia é viabilizar este tipo de empreendimento, estimulando financiamentos em projetos de geração distribuída e propondo uma atuação mais sustentável para as empresas.
Lançada no Brasil Solar Power, durante os dias 12 e 13 de junho, no Rio de Janeiro, a ferramenta facilitará o acesso à informação sobre projetos de geração solar, mostrando a sustentabilidade desses projetos de forma mais clara, com análises sobre o potencial de economia na fatura de energia bem como os benefícios ambientais com as reduções de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Digital e aberta ao público, a plataforma permite ao usuário descobrir as características de um sistema fotovoltaico ideais para suas pretensões, inclusive simulando o financiamento e apresentando o retorno financeiro obtido. O objetivo é sensibilizar consumidores e agentes do setor financeiro a participarem de atividades de baixo carbono, fomentando projetos ligados a energia solar.
“Aqui na ONG sempre estimulamos e defendemos as energias renováveis, não apenas que os consumidores se atentem a essa questão, mas também que as empresas adotem esses valores como estratégia de negócio”, definiu Ricardo Fujii, Analista de Conservação da WWF Brasil.
Sobre a parceria com o BB, que já dura oito anos, Fujii contou que os responsáveis por diversas linhas de financiamento da instituição identificaram uma oportunidade de atuação com energia renovável, observando em seus clientes potenciais de uso para a aquisição e instalação de sistemas fotovoltaicos. “Nosso acordo prevê soluções e alternativas para o mercado de energia. Eles identificaram uma oportunidade para os financiamentos. E nós já tínhamos praticamente todos os dados, faltava só a organização e implantação dessa plataforma”.
A calculadora é baseada em dados de irradiação solar do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pesquisas de preço com fornecedores realizadas nacionalmente pelo Instituto Ideal, assim como características de desempenho típicas para os equipamentos. Foi concebida para ser facilmente utilizada por qualquer usuário, possuindo também funcionalidades para que gerentes de conta do Banco do Brasil possam usá-la em benefício de seus clientes.
“É uma alternativa bem interessante para consumidores de alta renda, mas também há um retorno excepcional para usuários de linhas de credito rural. Pequenos produtores estão com uma taxa de atratividade bem superior as obtidas no investimento tradicional”, informou o analista da WWF-Brasil.
Para manter a tecnologia atualizada, a opção foi disponibiliza-la na web, mas de forma expansiva, podendo ser acessada também pelo celular sem dificuldades. Assim, na medida em que, ao se constatar por exemplo, preços diferentes com relação a painéis e outros equipamentos destinados a produção fotovoltaica, uma atualização já pode ser lançada no sistema para uma estimativa mais próxima da realidade.
Fujii destacou a experiência da ONG na avaliação do impacto da instalação dos sistemas no SIN em termos de redução de emissão e o quanto equivale para reduzir a poluição, da mesma forma econômica quando se deixa de rodar com um veículo ou quando se planta árvores, por exemplo. “Assim se está poluindo menos o meio ambiente com um sistema que também economiza energia. Achamos importante conscientizar as pessoas disso, além também do retorno financeiro dos projetos”, declarou.
Ele também salientou que, além das análises de mercado, a ideia é que essa avaliação resulte em ações práticas, que possam realmente efetivar negócios em uma área com crescimento exponencial no país. “Há cinco anos nossas estimativas mais otimistas se mostravam inferiores ao que o mercado está desenvolvendo. O mercado já consegue de certa forma andar com suas próprias pernas, mas ainda há um potencial latente a ser explorado, das pessoas conhecerem mais a energia solar e as empresas entenderem de forma mais adequada o que o cliente quer”.
Para o analista, além do resultado mais amplo, de conscientização sobre a pratica ambientalmente mais correta, assim como a economia de recursos e o retorno financeiro, a ideia é que se aumente a concessão de crédito para energia renovável, articulando possivelmente esse ponto através do interesse por parte do setor do agronegócio, onde o banco é um grande financiador.
Sobre as perspectivas futuras, Fujii enxerga a necessidade de se trabalhar alguns pontos, como a questão do financiamento e sua sensibilização, além de outros nichos, como os sistemas isolados, que poderiam ser muito bem supridos com energia fotovoltaica. Ele também destacou a busca por uma matriz energética nacional que seja 100% renovável e inclusiva:
“Não faz sentido ter custos elevados e não se preocupar com as populações de baixa renda, muito mais sensíveis aos preços de custo. Esse é um desafio que a gente tem, continuar fomentando, buscar alternativas para as empresas e buscar com o governo políticas públicas que fomentem a expansão das renováveis”. O acesso à ferramenta pode ser feito através do endereço www.eficienciaverdebb.com.br.