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Atuando na modalidade de geração distribuída compartilhada, a Sun Mobi ampliou a capacidade da sua usina solar de 75kWp para 400 kWp em um terreno de 5.000 m², localizada na cidade de Araçoiaba da Serra (SP). De acordo com Guilherme Susteras, sócio da Sun Mobi, a ampliação representa o êxito do modelo de negócio escolhido para a empresa. “A gente conseguiu comprovar que existe um grande potencial para continuar crescendo no ritmo que a gente projetou”, afirma.
Ele explica que a primeira fase do projeto alcançou 16 clientes e que essa expansão vai permitir que ela agregue até 52 clientes. O executivo da Sun Mobi salienta que apesar da usina ter aumentado bastante a sua capacidade, a projeção de aumento é pequena porque a empresa atraiu clientes de maior pujança. “A ideia é chegar em 50 clientes com uma geração total de 4.200 kWh por mês”, avisa.
Susteras também conta que o perfil de clientes da Sun Mobi começou com clientes residenciais e foi crescendo, passando para os de 200 kWh, até chegar em clientes maiores, como a Igreja Batista de Santos e a Associação de Engenheiros e arquitetos da mesma cidade, com consumo de 7.000 kWh. “Tem desde pessoas que alugam quitinetes até casarões tombados que por conta desta situação não poderia instalar GD”, relata.
Ele vê como principal entrave para o modo compartilhado a tributação de ICMS sofrem, já que o convênio do Confaz não isenta essa modalidade da cobrança. A burocracia da cooperativa, tida por alguns como outro entrave, não impede na opinião do executivo o crescimento da GD. Para Susteras, a burocracia é generalizada no Brasil e não apenas nesse tipo de associação. Ainda segundo ele, há uma insegurança e uma falta de costume na sociedade em lidar com as cooperativas.
Estar em uma área de concessão com várias cidades de diferentes características foi outro fator que influenciou na escolha da Sun Mobi em sediar a usina nos domínios da CPFL Piratininga. Segundo Susteras, as cidades que a distribuidora atende tem perfis os mais variados, o que possibilita variação no perfil de clientes. Esses perfis multifacetados de clientes é que ele classifica como desafiador no processo, já que através do histórico é que é calculada a cota na usina. “Esse é o grande barato da GD compartilhada. É como montar um grande quebra-cabeça”, conclui.
Fapesp – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo aprovou projeto de pesquisa da Sun Mobi para a elaboração de um sistema integrado de gestão de cooperativas de energia proveniente de GD compartilhada. A usina será usada como exemplo e o projeto vem do Programa de Inovação de Pequenas Empresas da Fapesp. O objetivo é sistematizar todo o processo de tal forma que se democratize a gestão. Com isso, outras cooperativas poderão ter o auxílio do manual. “Vai ser um sistema com a prática real de gestão. Uma vez pronto vai ser parametrizável para que outras usinas usem”, frisa.