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O mês de julho chega e as perspectivas de energia natural afluente iniciais para o período não mudaram significativamente em termos porcentuais quando comparado ao mês de junho. Segundo dados da primeira versão do Programa Mensal de Operação, as vazões projetadas só diferem no Sul do país ante o fechamento deste mês. A ENA do Sul para julho está nessa primeira estimativa, em 72% ante os 42% previstos de média histórica para junho. A curva nos demais submercados continua no mesmo patamar, com o Sudeste/Centro-Oeste em 76% da MLT, o NE na casa de 38% e o Norte com 77% da média de longo termo.
O nível de armazenamento projetado na semana passada para o dia 30 de junho, está, a um dia dessa data, abaixo da previsão apenas no SE/CO. Na atualização de sete dias atrás, o ONS esperava um nível operativo de 40,1%, mas esse indicador está em 39,9% nesta sexta-feira, 29 de junho e a tendência para o final de julho é de deplecionamento dos reservatórios até 36,1% no dia 31 de julho. Nos demais, o volume reportado está pouco acima do projetado semana passada. No Sul está em 49,9% ante previsão de encerrar junho com 48,%, no NE está em 37,7% ante os 37,5% projetados e no Norte em 70,6% quando o esperado era de 68,6%. Inicialmente, para o final do mês que vem os índices esperados são de 57,1%, 34% e de 69,3%, respectivamente.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico projeta um crescimento da carga no mês de julho na casa de 3,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Se essa previsão inicial se confirmar pode chegar a 63.319 MW médios. A maior aposta está no SE/CO com expansão de 5%. Na sequência aparece a região Sul com aumento de 2,1% da demanda, para o NE a estimativa é de aumento de 1,9%, enquanto no Norte está a única queda, 0,8% a menos do que em 2017.
O Custo Marginal de Operação médio subiu cerca de R$ 2 da semana passada para a que se inicia neste sábado, 30 de junho. O valor continua equalizado em todos os submercados em R$ 517,64/MWh. Os patamares de carga pesada e média apresentam o mesmo valor, R$ 523,95/MWh e o leve está em R$ 506,58/MWh.
A geração térmica para essa primeira semana de julho permanece praticamente no mesmo nível da última de junho. A programação do ONS prevê 12.641 MW médios sendo 8.059 MW médios dentro da ordem de mérito e 4.582 MW médios por inflexibilidade. Cerca de metade do volume total está no SE/CO com 6.560 MW médios. Está acionado ainda o comando de importação de energia vinda do Uruguai ao volume ofertado, 120 MW médios na carga leve.
Assim como na semana passada o valor do CMO não atingiu um patamar para incluir térmicas a óleo no despacho. No SE/CO a primeira usina movida a esse combustível é a Viana (175 MW) com R$ 634,03/MWh. No Sul a próxima usina da pilha é a diesel, a UTE Sepé Tiaraju (249 MW) e CVU de R$ 698,14/MWh. No NE é onde está mais próximo desse acionamento, a Termopernambuco 3 (201 MW) é a próxima da lista com CVU de R$ 541,37/MWh. No Norte a situação é a mesma, pois a Mauá B4 (150 MW) seria a próxima a ser acionada, seu CVU é de R$ 575/MWh.