Pela quarta vez em sua história, Itaipu fechou o semestre com a produção de mais de 50 milhões de MWh. De acordo com a Binacional, a marca de 50,16 milhões de MWh foi atingida na madrugada do último sábado, 30 de junho, e representa uma energia que seria suficiente para atender a demanda energética do planeta por 19 horas; do Brasil, por 39 dias; do Estado de São Paulo, por 4 meses e meio; ou do Estado do Paraná, por um ano e oito meses.
Foi a segunda melhor performance para um período de seis meses em 34 anos de funcionamento, atrás apenas do primeiro semestre do ano do recorde mundial, 2016, quando a hidrelétrica bateu a casa dos 51.637.234 milhões de MWh entre janeiro a junho, e atingindo mais de 103,1 milhões de MWh no total.
Além de 2018 e 2016, a UHE estabeleceu a marca de mais de 50 milhões também em 2012 e 2013. “Para um ano atípico, de pouca água e com o evento da Copa do Mundo, que requer cuidados especiais, com a adoção de medidas preventivas, virar o semestre com esse desempenho é considerado excepcional”, declarou o diretor técnico executivo de Itaipu, Mauro Corbellini. A afluência hidrológica no mês, por exemplo, foi a pior dos últimos 34 junhos. “É aí que a produtividade se torna chave para uma produção elevada”, complementou o diretor.
Neste primeiro semestre, o índice de aproveitamento hídrico para geração de energia atingiu 98,76%, um valor excepcionalmente elevado. “A busca pela eficiência, por fazer mais com menos, é permanente. Dos 10 dias de maior produção da Itaipu, nos últimos 34 anos, sete aconteceram em 2018”, ressaltou.
Durante o período, a disponibilidade das unidades geradoras foi de 96,8% e a indisponibilidade forçada – índice que mede a indisponibilidade inesperada dos geradores por falha de equipamentos ou humana – foi de apenas 0,11%. Já as falhas na operação em tempo real, com impacto na disponibilidade dos equipamentos, foi zero.
Itaipu também se destacou no ano em uma situação atípica, do maior evento que ocorreu no Sistema Interligado Nacional (SIN) do semestre. Na tarde do dia 21 de março, quando quase toda a Região Nordeste do Brasil ficou sem energia, as unidades geradoras dos setores de 50hz e 60hz da usina, mesmo diante dos transitórios típicos de voltagem e frequência, responderam corretamente. Elas permaneceram interligadas ao sistema, contribuindo para a estabilidade do SIN e a mitigação do problema.
Em época de Copa do Mundo, como é de praxe, o ONS também tem exigido critérios especiais de operação do SIN, porque o consumo em dia de jogo do Brasil oscila rapidamente, com quedas e aumentos bruscos. E a usina tem dado a sua contribuição, com os técnicos brasileiros e paraguaios atentos aos computadores e gráficos de acompanhamento de oscilação do consumo, permanecendo todos a postos para atender qualquer demanda.
Na visão do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Marcos Stamm, “seja em períodos atípicos como a Copa do Mundo ou em épocas normais, a usina tem sido sempre primordial para atender com eficiência e responsabilidade a demanda dos sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai”. Ele lembra que “essa é a principal missão da binacional, mas, além de produzir energia, a usina vem expandindo ações e iniciativas para garantir o crescimento socioeconômico de toda a região Oeste do Paraná, assim como tem feito o país vizinho, na sua região de influência”.