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A concessionária estadual de energia elétrica do Estado de Santa Catarina atingiu a marca de 3 milhões de unidades consumidoras, consolidando seu mercado em 24 mil GWh ano. Em 1989, a Celesc atingia 1 milhão de unidades consumidoras e em 2004 conquistou o seu segundo milhão. A taxa histórica de crescimento de mercado de 2% a 3% ao ano só foi interrompida no auge da crise econômica do país (2015/2016). Em 2017, conseguiu retomar o caminho do crescimento atingindo uma taxa de expansão de 4%.

Para este ano, a empresa pretende investir R$ 463 milhões, sendo R$ 395 milhões apenas no segmento de distribuição. “Desde 2011 a gente vem num processo muito forte de profissionalização da companhia, de criação de regras e práticas de governança que são inovadoras para uma empresa pública e 2017 foi um ano de reconhecimento para nós”, comemorou o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, em entrevista à Agência CanalEnergia.

Em 2017, a Celesc foi a 2ª melhor distribuidora do Brasil e do Sul do país, entre as empresas que atendem mais de 400 mil unidades consumidoras pelo Prêmio IASC e 1º lugar no ranking de qualidade do atendimento em Call Center, entre as que atendem mais de 500 mil unidades consumidoras, ambos promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

No ano passado, as ações da Celesc se valorizaram em 70,55%, enquanto o Ibovespa registrou desempenho positivo de 26,86% e o Índice de Energia Elétrica teve crescimento de 10,04%, em um claro reconhecimento do mercado financeiro de criação de valor. O acionista controlador da Celesc é o Estado de Santa Catarina, detentor de 50,2% das ações ordinárias, correspondentes a 20,2% do capital total. Em março, a portuguesa EDP concluiu a aquisição de 14,5% do total de ações da Celesc, anteriormente pertencentes à Previ – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, pelo valor de R$ 244 milhões.

Cleverson Siewert, presidente da Celesc.

“Não é porque somos uma empresa pública que não podemos ser eficientes e competitivos. O nosso acionista controlador entende isso de forma muito objetiva e clara. O Governador permite que a gestão seja muito transparente e foi isso que o próprio grupo EDP percebeu quando veio aqui para dentro, encontrou um nível de governança que é bastante incomum para uma empresa pública”, destacou o executivo.

PARCERIA ESTRATÉGICA

Siewert falou da importância de ter um sócio como a EDP. Historicamente, a Celesc sempre teve sócios investidores e essa é a primeira vez que tem em seu quadro de acionistas um sócio estratégico. “O que tenho percebido claramente é que a postura da EDP é de apoio, sem querer interferir na forma como empresa é gerida, mas sempre querendo contribuir, trazendo as suas experiências para que a gente possa ter uma evolução mais rápida”, disse o executivo.

Segundo ele, é natural que num primeiro momento houvesse uma apreensão por parte do controlador sobre as intenções da EDP. “A cada dia que passa fica mais claro as intenções da EDP aqui, que não são outras se não de partilhar da gestão da empresa, fazer com que a empresa a possa andar para frente, sem fazer qualquer menção a uma eventual privatização”, revelou.

Um exemplo das sinergias positivas das duas empresas é o sucesso do Consórcio Aliança, que conquistou o direito de construir uma linha de transmissão no Estado de quase 500 km, com investimento estimado em R$ 1,1 bilhão. “Nessa linha, a gente tinha planejado uma antecipação de um ano e agora já estamos com quase dois, fruto do profissionalismo da EDP e do conhecimento da Celesc do Estado de Santa Catarina”, destacou Siewert.

O executivo lamentou não ter vencido o lote 1 do leilão de transmissão promovido pela Aneel na última quinta-feira, 26, em são Paulo. O empreendimento foi arrematado pelo Consórcio Columbia (Taesa e Cteep), com deságio de 66,7%.

A Celesc pretende formar uma nova parceria para participar do próximo leilão de transmissão, previsto para o final do ano. De acordo com o CEO, há três lotes que interessam a companhia. Nos próximos 30 dias, a Celesc pretende concluir a construção da pequena central hidrelétrica Garça Branca (SC-6MW).