O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico destacou em nota divulgada após a reunião mensal desta quarta-feira, 4 de julho, a necessidade de retomar as discussões sobre a implantação de novos empreendimentos hidrelétricos no país. A conclusão do CMSE foi baseada em diagnóstico do Operador Nacional do Sistema Elétrico de que a perda de regularização do Sistema Interligado em consequência da expansão da oferta de energia baseada em usinas eólicas, solares e hidrelétricas sem reservatórios “deve levar à maior dependência das estações chuvosas.”
Segundo a nota, o ONS garantiu que o equilíbrio entre oferta e demanda está assegurado, ao apresentar na reunião os resultados do Plano da Operação Energética de 2018 a 2022. Mas recomendou que sejam valorizados os atributos das fontes de energia nos leilões de expansão, para dar maior robustez ao sistema.
Déficit
O risco de risco de déficit de energia previsto pelo CMSE para 2018, com base no Programa Mensal de Operação de julho, é de 0,3% para o Sudeste/Centro-Oeste e de 0% para o Nordeste.
Em junho, as chuvas ficaram abaixo da Média de Longo Termo, e a Energia Natural Afluente, do SIN para o mês foi a terceiro pior do histórico de 88 anos, com 68% da MLT. Para o fim de julho, o armazenamento equivalente dos reservatórios deve atingir 36,1% no Sudeste/Centro-Oeste, 57,1% no Sul, 34,0% no Nordeste e 69,3% no Norte.