O consumo de gás natural no Brasil durante o mês de maio apresentou aumento de 4% frente aos números de abril. Foram consumidos ao todo 59,46 milhões de metros cúbicos/dia ante 57,19 milhões de metros cúbicos/dia registrados anteriormente. Já na comparação com o mesmo período de 2017, a queda foi de 5,4% e no acumulado dos cinco meses iniciais, a alta em 2018 é de 2,6%.
As informações constam no levantamento estatístico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado – Abegás, realizado com concessionárias em 20 estados. Um dos destaques desta edição foi a competitividade do Gás Natural Veicular (GNV), que teve acréscimo de 1,6% na comparação com abril.
“Com o desabastecimento de combustíveis líquidos causado durante a paralisação dos caminhoneiros, o consumo de GNV subiu. A alta foi de 13,9% em relação a maio do ano passado e de 10,2% no acumulado do ano frente aos cinco meses iniciais de 2017”, explicou o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, que também apontou para um aumento médio de 60 a 70% na procura pela conversão de veículos a GNV, o que resultará em aumento do consumo nos próximos meses, segundo sua análise.
“Incentivar o GNV é estratégico para o país. Por ser distribuído em tubulações, não depende do fornecimento por veículos. Além do mais, é menos poluente que os combustíveis líquidos, especialmente na comparação do diesel, o que faz dele uma alternativa para uso em veículos pesados, inclusive em transporte público municipal”, afirmou Salomon.
Já nos resultados por segmento, a indústria também foi impactada pela paralisação dos caminhoneiros, que reduziu a produção não só pela falta de insumos bem como pela impossibilidade de circulação dos produtos acabados, o que ocasionou uma retração de 3,6% em maio. No acumulado até o mês, o segmento apresentou um resultado positivo, com crescimento de 4%.
No segmento automotivo, o consumo de GNV subiu 1,6% na comparação com abril e 13,9% em relação a maio de 2017. No acumulado do ano, a alta é de 10,2%. No residencial o consumo subiu 19,3% e no acumulado houve elevação de 7,9%. Por sua vez, a área comercial mantém a trajetória de recuperação com um aumento de 6,2% no consumo e de 8,4% no acumulado do ano.
Na geração elétrica, o aumento da demanda nas regiões Sudeste e Norte elevou o consumo em 20,9% no período. Na cogeração não houve impacto no mês – com alta de 3,6% e 11% no acumulado do ano.
Quanto as regiões, os destaques foram a expansão de 64,5% no consumo residencial no Sul, a alta de 25,2% na cogeração no Centro-Oeste e o aumento de 29,3% na geração elétrica do Sudeste do país.