A Siemens acaba de concluir um projeto inovador de seis subestações compactas integradas com módulo híbrido (DTC), transformador de força de 15MVA, painel de proteção, controle e telecomunicação, banco de baterias, retificador, transformador de serviço auxiliar, chave seccionadora, TC, TP, para-raios e chave de média tensão isolada a gás SF6 com seis vias.
O fornecimento da solução custou R$ 37 milhões à Cemig, que também idealizou a concepção e definiu os requisitos técnicos para o fornecimento da alternativa, que se tornou um novo padrão a ser aplicado nas suas instalações. Destinados ao fornecimento de eletricidade para cidades de Minas Gerais, com aproximadamente 40 mil habitantes, os equipamentos entregues em janeiro são os primeiros desse tipo desenvolvidos pela empresa no Brasil.
Uma subestação consiste em uma instalação de alta tensão e potência que contém equipamentos para transmissão e distribuição de energia, além de um sistema de proteção e controle e telecomunicação. Na licitação para esse trabalho, a concessionária mineira buscava uma opção capaz de prover energia de qualidade em prazos mais curtos e com menores custos de implantação.
A proposta da multinacional, cumprindo os requisitos das especificações Cemig, viabilizou um modelo de SE compacta para desempenhar seu papel de forma eficaz, podendo inclusive ser adotada por quaisquer clientes que possuem restrição de espaço ou com necessidade de fornecimento de energia de curto prazo. Para se ter uma ideia, é possível montar uma subestação inteira em um chassi de 17m x 3,2m, dimensões extremamente reduzidas perto de equipamentos convencionais, num prazo de fornecimento de aproximadamente 10 meses.
Leandro Figueiredo, engenheiro da Siemens, ressaltou que o projeto é customizável, já que é realizado todo um trabalho de engenharia no intuito de adaptar os equipamentos de acordo com a necessidade dos clientes. A solução pode ser desenvolvida para potências até 25MVA e com classes de tensão variando de 13,8 a 138kV. “Além disso, podemos citar entre os benefícios a montagem e comissionamento em fábrica, transporte da solução integrada, redução do tempo de instalação (plug & play), redução significativa de obras civis, redução de área (m2) em torno de 50% em se comparando a uma subestação convencional, redução de custos e possibilidade de realocação futura da solução”.
Por mais que seja o primeiro fornecimento brasileiro deste tipo de equipamento por parte da corporação, Robinson Ciorla, também engenheiro da empresa, explica que o mercado de subestações compactas tem grande potencial graças à sua versatilidade. “É possível montar diversos arranjos sobre o chassi metálico, adaptando o equipamento para melhor atendimento ao cliente. Os mercados com maiores potenciais para esse tipo de solução são os de distribuição de energia e das indústrias, caso desejem atendimento em níveis de tensão de 72,5kV ou 138kV para reduzir o custo relacionado ao consumo de energia bem como maior confiabilidade da rede elétrica”, definiu.
Figueiredo também reforçou a expertise para o sucesso deste trabalho: “Por conta da excelência da execução do projeto por nossa parte e a entrega com dois meses de antecedência, obtivemos nota máxima na pesquisa de satisfação da Cemig, que tinha um escopo complexo e recebeu uma solução econômica e tecnicamente viável”, explicou o engenheiro, garantindo também que os equipamentos trarão um fornecimento de energia de qualidade, desenvolvendo os municípios e possibilitando uma vida melhor aos seus habitantes.