A produção industrial do setor eletroeletrônico apontou queda de 8,7% no mês de maio de 2018 em relação a abril, resultado puxado pela paralisação dos caminhoneiros. É o que indicam os dados divulgados pelo IBGE e compilados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee. O desempenho negativo atingiu tanto a área eletrônica quanto a área elétrica, com as respectivas retrações em 11% e 6,3%.
“A greve dos caminhoneiros foi decisiva para o resultado, interrompendo um ciclo positivo que esperávamos há tanto tempo”, afirmou o presidente da Abinee, Humberto Barbato. Segundo ele, o impacto também foi sentido no nível de emprego, uma vez que o setor fechou mil postos de trabalho em maio: “A paralisação foi um grande desserviço à indústria, tirando a confiança do empresário e do consumidor. Infelizmente os reflexos deverão ser sentidos também no desempenho de junho”.
A maior queda na área eletrônica foi dos aparelhos de áudio e vídeo, 22%. Apenas a produção de equipamentos de comunicação registrou acréscimo, com 5,5%. No segmento elétrico, destacou-se o recuo de 16,3% na produção de eletrodomésticos. A produção de pilhas e baterias e de geradores, transformadores e motores elétricos apresentaram resultados positivos, com 4,7% e 1,6%.
Em relação a maio do ano passado, a redução na produção do setor eletroeletrônico atingiu 5,5%. Já no acumulado dos cinco primeiros meses de 2018, a produção total cresceu 9,1% em relação ao mesmo período de 2017. A elevação foi influenciada pelo incremento de 21,5% na área eletrônica, visto que a elétrica recuou 1,5%.