A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’ com Perspectiva Estável à segunda emissão de debêntures da Sinop. O montante é de R$ 236 milhões, com vencimento em junho de 2032.
O rating reflete o risco de completion, mitigado pelas fianças corporativas, o limitado risco de operação e manutenção do projeto, bem como a mitigação do risco de suprimento, devido à adesão ao Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). A análise também considera a conservadora posição de energia contratada (91,2% de sua garantia física), que faz o projeto ser praticamente neutro a estresses relativos ao risco hidrológico e ao Generation Scaling Factor (GSF).
A estrutura de dívida é adequada e considerada padrão para este tipo de ativo, e apresenta como ponto fraco o descasamento entre a taxa de juros de longo prazo (TJLP) e o índice de correção das receitas. O Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (Debt Service Coverage Ratio – DSCR) médio de 1,37 vez no cenário de rating da Fitch é compatível com ratings mais altos para projetos de energia renovável 100% contratados.
As premissas dos cenários base e de rating da Fitch refletem as projeções macroeconômicas do IPCA e do Certificado de Depósito Interbancário – CDI, atualizadas conforme o relatório Global Economic Outlook, publicado pela agência em março de 2018. A premissa de TJLP considera 6,6% ao ano até 2019 e 6,0% ao ano a partir de 2020.
O cenário-base considera GSF e preço de liquidação de diferença – PLD (em termos reais, com base em dezembro de 2017) de, respectivamente, 0,84 e R$ 202,0/MWh (2019); 0,93 e R$ 91,0/MWh (2020); 0,94 e R$ 113,0/MWh (2021); e de 0,94 e R$ 157,0/MWh de 2022 em diante. Os custos ambientais e de O&M foram estressados 5% acima das premissas da companhia.
Para 2019, o cenário de rating considera os mesmos indicadores do cenário-base. A partir de então, considera GSF e PLD de 0,88 e R$ 186,0/MWh em 2020; de 0,88 e R$ 198,0/MWh em 2021; de 0,9 e R$ 243,0/MWh em 2022; e de 0,92 e R$ 292,0/MWh de 2023 em diante. Os custos ambientais e de O&M foram estressados 7,5% acima das premissas da companhia.