A parceria com a Total para a área de renováveis que a Petrobras anunciou no início dessa semana significa mais um movimento rumo a economia de baixo carbono. De acordo com Nelson Silva, diretor de Estratégia, Organização e Sistemas de Gestão da Petrobras, a parceria vai propiciar a criação de uma nova empresa para explorar os projetos desenvolvidos. “A ideia é desenvolver com renováveis, que é a energia que mais cresce no mundo, com boas perspectivas”, afirma.
As sinalizações e investimentos em renováveis da Petrobras deverão aparecer com mais força até 2023. “Estamos caminhando nessa direção”, frisou. As taxas de retorno desses futuros projetos não serão diferentes das taxas que vem sendo adotadas pela estatal petrolífera. Silva afastou a possibilidade da Petrobras comprar as participações em ativos eólicos da Eletrobras que irão a leilão. O executivo elogiou a Total, salientando que ela tem expertise comprovadas no setor de energia renováveis.
O diretor explicou que o foco dos projetos será na região Nordeste e que a parceria vai envolver projetos greenfield, embora aquisições não estejam descartadas. “Há um potencial inexplorado muito grande”, avisa. Ainda segundo Silva, o direcionamento para as renováveis já estava nos planos da empresa há dois anos, mas a situação financeira da estatal não permitia esses investimentos. Segundo ele, no momento não há dotação orçamentária, uma vez que as oportunidades ainda não foram identificadas.
Outro ponto que o diretor da Petrobras colocou foi que ainda não está definido o percentual de cada uma das parceiras nessa nova empresa. Ele também disse que o trabalho inicial será na parte de identificação de oportunidades. O memorando prevê projetos onshore nas fontes eólica e solar, mas em caso de eólicas offshore outras parceiras com outros players poderiam aparecer.