A Unesp assinou um acordo para analisar a viabilidade e a forma como irá migrar para o mercado livre de energia. A mudança tem como objetivo reduzir os gastos da instituição com o uso da energia elétrica nas unidades da instituição, que chega a R$ 30 milhões por ano.
Segundo o reitor, Sandro Valentini, a economia com a migração poderá chegar até 15%. Para ele a iniciativa “segue a linha proposta pela gestão de melhora na eficiência das estruturas e da sustentabilidade financeira da Universidade”, acrescentando ainda que o recurso economizado alimentará um fundo que pretende viabilizar ações voltadas para a autossuficiência energética da instituição.
Também presente na reunião que firmou o acordo, o subsecretário de Energias Renováveis Antonio Celso de Abreu Jr comentou que “ o grande paradigma deste projeto é a universidade olhar para o futuro”. Segundo o gestor, a dinâmica usada servirá de modelo para a inclusão de outros setores no mercado livre de energia, como unidades do Poupatempo e penitenciárias.
A Replace Consultoria foi a empresa selecionada em pregão para realizar a análise e viabilidade da migração. O pregão, lançado em abril, foi resultado de uma parceria entre a Universidade e a Secretaria de Energia e Mineração, que ofereceu suporte técnico ao projeto.
Nesta primeira fase do processo, cuja duração é de dois meses, a empresa analisará a viabilidade em cada uma das unidades da Unesp. Já a segunda fase prevê a renegociação dos atuais contratos com as concessionárias e ajustes pontuais em cada unidade. A previsão é que este processo dure de oito meses a um ano.
“A migração para o mercado livre de energia é um esforço importante usado na esfera privada para reduzir custeio. Nós estamos entusiasmados de colaborar com essa iniciativa numa universidade”, declarou Carlos Alberto Shoeps, diretor da Replace Consultoria. A empresa atua no mercado desde 2002 e tem como clientes empresas como Carrefour, Johnson & Johnson, Banco do Brasil, entre outros.